Páginas

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Notas da Turma de ECONOMIA!!!

Recuperação e 2ºchamada
Alexandre,Lucélia,Márcia, Patrícia Carla, Patrícia da Silva,Eveline,João Fábio,Laurineide,Roseline, Suziane,Nair,Ana Alice,Denízia,Glaucineide,Parcélia
Reprovou direto:Diógenes
Passaram:Números:03,04,13,16,23,24,25,26,29,35,43,54,57,64,76,89,96,113
Andreslândia,Joseane,Luciene,Patrícia L.Melo,Ailton
Matéria:Toda (das duas provas)Quarta 16/12/2009

oBS:Alguns alunos que faltaram as provas estão sem nota!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Pai dos BRICs diz que o Brasil é melhor do que a China



Em 2003, Jim O’Neill, economista-chefe do banco americano Goldman Sachs, criou o acrônimo BRICs – ou seja, Brasil, Rússia, Índia e China.
Ele previu que, em 2050, a soma das economias dos BRICs seria maior do que a soma dos países do G-7 de hoje, liderados pelos Estados Unidos, Japão e Alemanha.
Na época, segundo testemunho de O’Neill, muitos brasileiros com quem ele conversava – estava no início do governo Lula – se espantavam: mas, Jim, o Brasil não merece esse lugar de destaque, ainda mais agora … (*)
Além disso, recentemente, O’Neill defendeu a tese do “decoupling”, ou “descasamento”: os BRICs iam se descasar dos países ricos e iam sair da crise quase sem ferimentos.
O PiG (**) e a Miriam Leitão diziam exatamente o oposto: o tsunami da crise vai engolir o Brasil e derrubar o Presidente Lula.
O’Neill acaba de divulgar uma atualização de suas previsões.
Os BRICs serão maiores que o G-7 não em 2050, mas em 2032.
Brasil, China e Índia terão os melhores desempenhos (a Rússia ficou para trás, por enquanto).
A China vai ser maior do que os Estados Unidos em 2027.
Em 2050, as maiores economias do mundo serão: China, Estados Unidos, Índia, Brasil e Rússia.
Os maiores produtores de automóveis do mundo serão o Brasil e a Índia.
E, muito interessante.
O Brasil ganha da China, viu, cara urubóloga Miriam Leitão.
O’Neill criou um índice para medir o ambiente para se fazer negócios.
Ou seja, vale ou não vale a pena investir nesse país ?
Para responder a essa pergunta, O’Neill inventou um “Termômetro de Ambiente para Crescer”
Ou, “Growth Environment Score”, GES.
Esse termômetro mede: respeito à Lei e aos contratos; corrupção; estabilidade política; expectativa de vida; escolaridade; inflação; dívida interna e externa; abertura econômica; consumo de computador, celular e banda larga.
E o Brasil ganha os BRICs, ganha da China.
O Brasil teve o índice 5,2 e a China, 5.
Depois, Índia e Rússia.
Quer dizer: quando o PiG (**) disser que o ambiente para fazer negócios no Brasil está um horror, cancele a assinatura da Folha
O’Neill prevê: entre 2011 e 2010, o Brasil vai crescer, na média, 4,6%; entre 2021 e 30, a média será de 4,4; entre 2031 e 40, 4,4%; e de 2041 a 2050, 3,9%.
Um horror !
O Abílio Diniz que o diga – clique aqui para ver o impacto da ascensão das classes “C” e “D” na nova estratégia do varejo brasileiro
Um horror !
É por isso que a urubóloga agora só fala de árvores.
Paulo Henrique Amorim
(*) Recentemente, Jim esteve no Brasil e conversou com muitos empresários, inclusive alguns que encontrou em 2003. E disse, por escrito, que considera o presidente Lula o mais competente líder em atividade hoje …
(**)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Publicado por admin · Canal: Destaque
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=23734

domingo, 6 de dezembro de 2009

Família!




Que sociedade é esta que vamos construindo!Os valores estão sendo minados, a verdade colocada de lado e a família que é o sustentáculo, vai aos poucos se acabando.Qual é o caminho que podemos almejar, se a preocupação com o ser humano vai afundando?O homem se bestializa ao vender-se por qualquer ninharia, assume a pobreza mais profunda da sua alma e deixa de lado o que é mais importante para a construção de uma sociedade de fato, a família.A família não é só o contato com um parceiro para gerar filhos saudáveis e belos, ela é a construção de um laço de respeito e dignidade, onde cada parte procura dar ao outro o que tem de melhor, promovendo um encontro contínuo com o amor.
O casal constrói uma pequena parte da sociedade, mas que fará uma grande diferença no futuro.Filhos bem criados e com uma noção de valores e decência, vão dar ao mundo uma contribuição capaz de mudar a nossa realidade.Filhos criados sem o menor respeito e ausentes da verdade, trarão mentiras, falsidades, destruição e serão facilmente manipulados pelo conceito individualista que rodeia o mundo.Talvez não haja mais tempo, mas aqueles que acreditam devem promover uma busca árdua e que incite um novo caminho, onde haverá esperança e o ser humano passe a ter respeito e dignidade.
MARCO MOTA

sábado, 5 de dezembro de 2009

Eu, educador!

Muitas vezes desiludido, outras vezes apaixonado, a educação me trás rompantes de alegria e momentos de tristeza.Os anos vão passando e tento me sair, buscar novos ares, nova profissão, mas no frigir dos ovos, acabo lecionando.Tenho paixão pelas aulas, sou um apaixonado pelo contato humano, essa interação com as pessoas, o contato contínuo com o universo.
Marco Mota

A batalha de FHC para destruir a Petrobrás





Vai aí, primeiro uma matéria que orgulha o nosso Brasil e nosso povo brasileiro e engradece a nossa soberania e o espírito patriotico. Isto só foi possível graças ao governo Lula. A outra logo (abaixo) fala tudo o que o Farol de Alexandria fez para que isto que está acontecendo hoje com a Petrobras não chegasse a contecer e para que a Petrobrás fosse entregue como foi entregue a Vale, o Sistema Telebrás e outros.
PS. Não esquecer de citar a venda (a preço de banana) de cerca de 40% das ações ADR’s da Petrobras no governo do Farol na Bolsa de Wall Street, ações com direito de voto.
Vale a pena divulgar isso,para refrescar a cabeça do povão que vai ficar ainda mais retado com esses agentes do atraso, os “DEMOTUCANOS”.
A primeira reportagem:
Petrobras é a terceira maior empresa de capital aberto das Américas.

Pesquisa da consultoria Economática mostra que companhia cresceu US$ 192,5 bilhões em valor de mercado entre dezembro de 2002 e novembro de 2009 e só está atrás da Exxon e da Microsoft.
A Petrobras é a terceira maior empresa de capital aberto do continente americano, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (10/11) pela consultoria Economática. A pesquisa mostra que a companhia teve um crescimento de US$ 192,5 bilhões de valor de mercado, entre dezembro de 2002 e novembro de 2009, passando de US$ 15,4 bi para US$ 207,9 bi. A primeira e segunda colocadas da lista são as empresas americanas Exxon (US$ 345,8 bi) e Microsoft (US$ 257,4 bi).
No final do 2002 a Petrobras ocupava a 121ª colocação no ranking das maiores empresas de capital aberto do continente. Desde então, a Petrobras subiu 118 posições.
O resultado coloca a Petrobras à frente de empresas como Wal Mart (US$ 200,6 bi), Apple (US$ 181,5 bi) e Procter & Gamble (US$ 180,7 bi), que ficaram respectivamente na quarta, quinta e sexta posições na lista, que inclui ainda outras multinacionais como Google, Johnson & Johnson, Texaco e Coca-Cola.
Rio, 10/11/2009

Agora, a história do entreguista Fernando Henrique Cardoso, passo a passo:

FHC(PSDB), o algoz da Petrobras

O pai, grande lutador pela empresa, o filho fez tudo para destruí-la.
O presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu uma missão: desmontar o País. A Petrobras está na sua longa agenda macabra de demolidor do futuro.
Acompanhe os passos de FHC rumo ao seu grande objetivo:
1993
Neste ano, o então ministro FHC promoveu um corte de 52% no orçamento de 1994 da PETROBRAS. Isto só não paralisou a empresa porque estourou no Congresso o escândalo do Orçamento, impedindo que se fechasse o orçamento geral da União antes de outubro de 94. Ainda assim a PETROBRAS teve retardados diversos projetos em andamento.
1994
Através do Departamento Nacional de Combustíveis, o ministro FHC promoveu uma manipulação da estrutura de preços que transferiu, permanentemente, da PETROBRAS para as multi nacionais da distribuição cerca de US$ 3 bilhões/ano. Nos 6 meses que antecederam a URV o governo deu dois aumentos por mês aos combustíveis para compensar a desvalorização diária da moeda nacional frente ao dólar.
Nesses aumentos, a parcela da PETROBRAS aumentava abaixo da inflação enquanto a das distribuidoras aumentava acima da inflação. De dezembro de 93 a abril de 94 os aumentos foram de: a) inflação 536%; b) parcela da PETROBRAS 491% e c) distribuidoras 703%. Com a Urverização os ganhos e perdas respectivas se tornaram permanentes, criando no Brasil a maior margem de distribuição do mundo.
1995
O governo, mais uma vez, faltando com o compromisso negociado com a categoria, levou os petroleiros à greve com o firme propósito de destruir o sindicalismo brasileiro. E colocou tropas militares nas refinarias, deixando as distribuidoras de combustíveis e de gás sonegarem os produtos. Há documentos do DNC provando isto.
Pelo Cano
Em 1995, deflagrou a construção do gasoduto Bolívia-Brasil que vai permitir às empresas do Cartel das 5 irmãs venderem uma massa de 1,1 trilhão de m3 de gás ao único cliente possível (150 bi na Bolívia, 350 bi de m3 em Camisea, Peru, descoberto pela Shell em 1983 e até hoje não explorado e 600 bi de m3 na Argentina, pertencentes à Shell, Enron e British).
A PETROBRAS constrói o duto (economicamente inviável) drenando recursos que poderiam ser aplicados na Bacia de Campos, onde o retorno é acima de 60% ao ano. O gás vai ser usado em termoelétricas. Teremos uma matriz energética mais poluente e estaremos dependentes de energia externa fornecida por um monopólio natural, comandado por multinacionais. Mary Quinn, diretora de investimentos do C.S.F. Boston declarou que não consegue explicar este investimento da Petrobras.
Quebra
Em 1995, a quebra do monopólio do petróleo com pressões, chantagens e barganhas com o Congresso Nacional.
Ainda em 1994, no governo Itamar, as estatais estratégicas, durante o processo de Revisão Constitucional, enviaram os seus técnicos a Brasília para dar informações sobre os dados significativos das empresas. Isto ajudou a impedir que a Revisão Constitucional se realizasse. No governo FHC os empregados foram proibidos de ir ao Congresso conversar com os parlamentares sob pena de demissão. O Decreto 1.403 de fevereiro de 95 criou o SIAL – Serviço de Informação e Apoio Legislativo, que foi o grupo de “Intelligentzia” criado com a missão de verificar a ida dos empregados para fins de demissão.
1996
Anulação do Contrato de Gestão. Envia a Lei 9.478 que quebra o monopólio da União (art. 26), permite a exportação (art. 60) e cria subsidiárias (art. 65) para cumprir o plano C.S First Boston de desmonte da empresa.
Também em 96, na Europa, os governos assinam um contrato de Gestão com as empresas estatais e estabelecem metas a serem cumpridas pelas empresas.
Caso as metas não sejam cumpridas rolam cabeças de dirigentes. Mas o governo não interfere na gestão das empresas. Por isto elas são eficientes e lucrativas a ponto de comprarem estatais no exterior, inclusive no Brasil. Aqui as estatais são violentadas pelo governo. É o único caso do planeta Terra, em que o acionista majoritário trabalha contra a sua empresa. O governo Collor mudou, em dois anos, 6 presidentes e 24 diretores. O governo FHC vem fazendo um estrago maior. O governo FHC anulou o contrato de Gestão que havia entre o governo e a Petrobras.
O Golpe
FHC envia ao Congresso a Lei 9.478 que iria regulamentar o setor de petróleo após a quebra do monopólio em 1995. A Lei extingue violentamente a Lei 2.004 que criou a PETROBRAS após um dos maiores movimentos cívicos ocorrido no País. A Lei, além de desrespeitar a Constituição em vários artigos, efetiva a quebra do monopólio da União.
O artigo 26 é claro: a concessionária que produzir o petróleo torna-se sua proprietária, cabendo à União o monopólio de rocha vazia. O artigo 60 permite a exportação do petróleo. O nosso petróleo que poderia nos suprir por 40 anos, pode ser exaurido em 10 anos. As Cinco Irmãs têm hoje menos de 5% das reservas mundiais. Usarão as nossas. A Lei é um conjunto de artigos que anulam a Constituição e o bom senso.
1997
Cria a ANP e nomeia o genro para comandar o processo de engessamento da Petrobras.
Corte de R$ 1 bilhão nos investimentos. Obriga a empresa a apelar para parcerias. Os parceiros, que nada investiram, passam a repartir os lucros.
FHC cria a ANP – Agência Nacional do Petróleo, presidida pelo seu genro ivatista David Zilbersztajn. A ANP tem se mostrado a inimiga nº 2 da Petrobras. Atrapalha a empresa, cria fórmulas e dispositivos que a desfavorecem como a portaria nº 3 que a impede de se defender da inflação e da correção cambial. Dá 3 anos para a PETROBRAS pôr em produção os seus campos em águas profundas, enquanto estabelece o prazo de 8 anos para as demais concorrentes. “E dá outras nocivas providências”.
Obriga a empresa a apelar para parcerias. Áreas onde ela investiu pesado, correu todos os riscos e desenvolveu tecnologia, é obrigada agora a dividir os lucros com aquelas empresas que não quiseram correr os riscos. É como se a PETROBRAS comprasse um bilhete premiado e fosse obrigada a repartir o prêmio, recebendo só a metade do valor da compra do bilhete.
1998
Corte nos investimentos. Impede a emissão de debêntures para obter recursos para investimentos. Libera a importação de equipamentos sem IPI e ICMS para multi nacionais.
Proíbe tomar empréstimo no exterior (a 6% ao ano). Impasse na negociação salarial (continua até hoje).
Em plena Copa do Mundo a ANP retira mais 35% das áreas escolhidas pela PETROBRAS, restando para ela apenas 7,1% do total.
ANP emite a Portaria nº 3 que impede a Petrobras de se defender da desvalorização do real e da inflação.
Ocupação
Em 1998, seis empresas ocupam o 12º andar do EDISE (duas delas comandaram a privatização da YPF Argentina – Merryl Linch e Gaffney Cline) – para examinar minuciosamente todos os dados da PETROBRAS.
Neste mesmo ano, promove o corte de um bilhão nos investimentos. Novas paralisações em projetos e atividades importantes. Só a revisão do orçamento promove uma paralisação de mais de três a seis meses na Petrobras. Técnicos das áreas mais cruciais param os seus serviços para analisar e priorizar os cortes. É uma das piores armas de FHC contra a empresa. Projetos de alta rentabilidade vão se tornando inviáveis com as paralisações.
Garrote
Proíbe a empresa de tomar recursos no exterior a juros civilizados, impede-a de emitir debêntures para gerar recursos. Enquanto isto a ANP ameaça retomar as áreas que não produzirem em 3 anos da data da Lei 9.478.
Libera a importação de equipamentos com isenção de impostos pelas multinacionais, inviabilizando a competitividade dos fabricantes nacionais. Gera emprego no exterior e os extingue no País.
1999
Corte nos investimentos.
Delega ao Conselho de Administração o controle absoluto da empresa. Nomeia um conselho de raposas para isto, entre eles Jayme Rotstein, empresário fracassado, lobistas dos usineiros e suplente de senador na chapa derrotada do Roberto Campos e Pio Borges com 23 denúncias de improbidade administrativa no BNDES junto com Mendonça de Barros.
O governo corta novamente R$ 1 bilhão nos investimentos, nova paralisação na empresa. Promove um aumento brutal nos impostos da Petrobras. Alguns aumentaram até 4 vezes como o caso dos royalties. O pior é que sabemos que, se a Petrobras for privatizada, as Cinco Irmãs extinguirão os royalties como fizeram no Mar do Norte, na Índia e na costa da Califórnia, EUA. Alegam que a atividade em águas profundas é dispendiosa e arriscada, conseguindo com isto a revogação do royalty.
Rapinagem
O governo faz um decreto delegando ao Conselho de Administração o controle absoluto da PETROBRAS, modificando dois decretos existentes que davam essas atribuições ao governo.
O governo impede a Petrobrás (BR e Petros) de entrarem no leilão da CONGÁS. É mais uma ingerência ilegal e imoral na empresa.
Hélio Fernandes
Tribuna da Imprensa – 22/6/2004
PS – O artigo acima foi escrito pelo bravo Fernando Siqueira e publicado pelo “O Farol”, em 1999. Não tem uma linha deste repórter, apenas o espaço é meu. Mas como Fernando Siqueira, só defende o interesse nacional, em toda e qualquer situação, referendo e assino tudo o que ele escreve. Por que então escrever novamente?
PS 2 – E o recorte me foi enviado por Mario Lobo Cunha, outro bravo lutador, colaborador deste repórter, que mora em Porto Alegre. Minha participação é apenas a da divulgação do que FHC fez contra a Petrobras e o próprio pai. Ressalte-se: todo o mérito para Fernando Siqueira e Mario Lobo Cunha.”
Hélio Fernandes
Tribuna da Imprensa – 22/6/2004
extraído do site:
http://www.olobo.net/index.php?pg=colunistas&id=360&PHPSESSID=34bfd0971426469112ac06fbcfe

Lula salvou a indústria naval e ela se tornou a sexta do mundo



A matéria publicada na edição deste domingo (29/11) da Folha de S.Paulo, “Indústria naval renasce e já é a 6ª do mundo”, mostra que a indústria naval brasileira ressurgiu na esteira das encomendas da Petrobras e tem um estímulo adicional graças à descoberta do pré-sal.
Para o diário paulista, o boom do setor se sustenta nas encomendas de 42 navios da Transpetro, 28 sondas de perfuração da Petrobras e mais de 100 navios de apoio.
Pelos cálculos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as encomendas aos estaleiros e os novos investimentos somam R$ 55 bilhões. São 195 embarcações já contratadas ou com a construção anunciada.
Em nove anos, empregos subiram de 2.000 para 45 mil. E, segundo o jornal, O número deve aumentar nos próximos anos com a instalação prevista de cinco novos estaleiros – cada um pode ter até 3.500 funcionários.

No Governo do Farol/Zé Pedágio, a Petrobrás ia se tornar a Petrobrax.
No Governo do Farol/Zé Pedágio, a Petrobrás não comprava navio no Brasil.
No Governo do Farol/Zé Pedágio, a Petrobrás não comprava plataforma de petróleo no Brasil.
No Governo do Farol/Zé Pedágio, a Petrobrás não comprava sonda no Brasil.
Esse Governo é que o presidente Lula vai pendurar no pescoço do Zé Pedágio.
Paulo Henrique Amorim
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=23327

A dignidade perdida


A dignidade perdida
04/12/2009 16:27:49

Sócrates
Moderno, muito moderno! Mas, afinal, o que vem a ser moderno? Quando Rousseau usou pela primeira vez a expressão, a palavra “moderno” tinha o mesmo sentido que o atual, bem antes da Revolução Francesa e da Americana. O filósofo refletiu e discutiu como poucos de sua época sobre algumas das mais interessantes tradições modernas, como, por exemplo, a democracia participativa. Ele queria demonstrar as contradições implícitas nas transformações futuras ou em processos de amadurecimento.

Muitos séculos atrás, portanto, ele incomodava seus contemporâneos ao declarar em alto e bom-tom que a sociedade europeia estava à beira do abismo. O Velho Continente estava próximo de grandes perturbações revolucionárias decorrentes do que ele chamava de turbilhão social. Referia-se ao “espírito do tempo” dos grandes aglomerados humanos em formação, herança da migração do homem do campo para a cidade. Semelhante ao que se viu em nosso país em meados do século XX, com a formação de megalópoles insensíveis, irracionais e desfiguradas pela invasão descontrolada de uma imensa massa humana que perseguia um eldorado imaginário.

Certa vez, um dos personagens de Rousseau realiza uma, digamos, expedição ao olho do furacão social – uma viagem que seria empreendida por milhões de jovens no Primeiro Mundo e por desvalidos dos recantos menos desenvolvidos nos séculos seguintes. E o que ele vivencia? Uma sociedade em permanente conflito, geradora de conluios os mais diversos e em um contínuo ir e vir de opiniões antagônicas. Ou seja, seres eternamente contraditórios.

Nota ainda as inúmeras oportunidades que se lhes apresentam e repara na necessidade de estar pronto a eventualmente modificar os seus princípios, com o objetivo de ajustar os passos perante a plateia.

Entre as frases desse personagem, algumas ferem as “modernas” convicções. Uma em particular nos fala alto: “De todas as coisas que me atraem, nenhuma toca meu coração, embora perturbem meus sentimentos de modo a fazer com que me esqueça de quem sou e qual é o meu lugar”. Chocante como tudo o que até hoje nos cerca, os tais “tempos modernos”. Uma atmosfera estressante a nos embriagar e sedar, expandindo o nosso leque de experiências possíveis, as quais, contudo, serão usufruídas somente se destruirmos nossas barreiras morais.

E no futebol, “moderno” quer dizer o quê? O que seria arcaico e o que é “moderno” e contemporâneo? Contemporâneo no sentido clássico do termo indica o período iniciado na Revolução Francesa, no qual a razão deveria imperar, a ciência encontraria respostas a todas as querências humanas e a civilização progrediria sempre, a partir dos conhecimentos que gradativamente seriam adquiridos. Terminologia questionada em sua essência quando constatamos os terríveis e sangrentos conflitos que insistem em se perpetuar mundo afora e que são obra dos chamados povos desenvolvidos. Conflitos por energia, riquezas ou simples mania de mandar.

Teríamos de considerar arcaico o futebol ou seus precursores como um jogo de bola que seria praticado na China 26 séculos antes da nossa era. Ou o jogo indígena com bola de látex – como até hoje ocorre na Amazônia – conhecido pelos navegadores espanhóis quando aportaram em terras americanas. Ou o Calcio italiano, cujas regras foram fixadas no fim do sé-culo XVI. Por extensão, o que veio depois seria o “moderno”?

Não exclusivamente, diria eu. O futebol “moderno” deve ser chamado assim a partir do momento em que esse esporte tornou-se um grande negócio e, como consequência, perdeu muito de sua beleza, encanto, paixão e ingenuidade. Ou seja, tenha deixado de ser exclusivamente humano para se transformar no “moderno” de Rousseau.

Onde já não cabe o chamado “amor à camisa” evidente, por exemplo, no rosto do goleiro Barbosa, responsabilizado pela derrota da nossa seleção no único mundial disputado em terras tupiniquins. Barbosa, que carregou com galhardia o terrível fardo que destruiu sua simples e dedicada existência, como se debulhasse o trigo.

O goleiro da seleção é, porém, de um tempo em que os jogadores não viviam em eterna contradição, conluios nem conflitos. De um tempo em que as oportunidades eram poucas e que, por isso, não precisavam mascarar seus princípios. Tempo em que jogar futebol tocava seus corações apaixonados pelo jogo. E a atmosfera que os cercava nem de longe os sedava e cegava. E onde os goleiros sempre tentavam defender todas as bolas, inclusive os pênaltis, mesmo os incompreensíveis. Eram tempos nada “modernos”, como se pode ver. E, no entanto, muito mais dignos.



Sócrates
Pênalti
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=5634

O blecaute, o aquecimento global as metas de carbono do Brasil


O blecaute, o aquecimento global as metas de carbono do Brasil
16/11/2009 12:02:44

Ricardo Young
Quanto mais o tempo passa, mais tenho a convicção de que pertenço a uma geração privilegiada de brasileiros. Uma geração que sobreviveu à ditadura militar, à inflação alta, a quatro longas recessões, a três quebras do país e a alguns eventos menos graves como o racionamento de energia de 2001 e o blecaute de terça-feira, dia 10 de novembro.

Sim, porque talvez nós dessa geração sejamos dos poucos seres humanos que pudemos vivenciar na prática alguns dos cataclismas previstos nas teorias sobre as conseqüências das mudanças climáticas.

Se não há mais tempo para evitá-las, podemos ao menos torná-las menos catastróficas. E é este o sentido de toda a discussão sobre metas de redução de carbono que ocorre no Brasil e em todos os países do mundo.

O governo finalmente assumiu “objetivo voluntário e consensual” de reduzir as emissões do país entre 36 e 38,9% até 2020. Uma atitude ousada, porque implicou enfrentar alguns setores industriais poderosos que ainda não perceberam a gravidade da situação. Estamos diante de um fenômeno sistêmico cujas manifestações, ainda embrionárias, já deram mostra do seu poder de desorganização da sociedade.

Estas forças sociais se prevalecem do fato de termos uma dificuldade, diria genética, de imaginar tragédias. Talvez por isso os interesses particulares se sobreponham às necessidades da humanidade. Não é só o Brasil que teve dificuldades em aprovar metas. Os países mais industrializados, e com maiores índices de emissões de carbono, também tergiversam sobre o assunto, como se não fosse com eles – e, principalmente com eles o desafio de reverter o quadro de destruição que se avizinha.

De qualquer forma, mesmo sem chamar de “meta” o governo brasileiro anunciou um número concreto para corte de emissões e levou em conta, para isso, uma estimativa de crescimento anual de 5 a 6%.

Com isso, poderemos chegar a 2020 com o mesmo volume de emissões de 2005.

Objetivo ou meta, a redução de carbono tem impacto na vida dos brasileiros. Vai exigir mudanças nos processos industriais, nos hábitos de consumo, no modo de vida em geral. Algumas profissões podem desaparecer, algumas práticas empresariais também. Por isso, de acordo com o governo, a definição desta meta-objetivo foi feita em conjunto com empresários, trabalhadores, cientistas, ONGs e órgãos do governo federal.

Concretizar a redução de 38,9% pode não ser tão complicado assim. Metade disso será alcançada com a queda em 80% do desmatamento. Os outros 20% dependem de esforços na pecuária e na indústria.

Pecuária sustentável exige mudança de algumas práticas rurais centenárias no Brasil. Uma delas é a criação extensiva, raiz do desmatamento. Outra é o uso de trabalho análogo à escravidão. Produção industrial sustentável, por sua vez, está na razão direta dos investimentos em inovação e tecnologia, numa dimensão que nosso país nunca teve.

Tomara que, agora, o governo trate este “objetivo voluntário” com o mesmo empenho com que cuida da meta da inflação, diga-se de passagem, outro “objetivo voluntário e consensual” do país. Se há tantas medidas macro e microeconômicas para controlar a inflação, por que não fazer o mesmo com a redução de carbono?

Copenhague está chegando e seria bom que, no melhor espírito voluntário deste debate, governos, pecuaristas e industriais, bem como setores da sociedade civil ainda refratários às evidências, entendessem que o Brasil já perdeu muita floresta, o mundo está esquentando e que nenhum país vai comprar produto que venha de desmatamento ou de indústria altamente poluidora.

http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=5514
Ricardo Young
Desenvolvimento sustentável

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Em terra de cegos



Em rápida sequência, passaram pelo Brasil os presidentes de Israel, Shimon Peres, da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Os três parecem acreditar que o governo brasileiro pode ter alguma influência sobre os impasses do Oriente Médio, depois de frustradas as expectativas de uma iniciativa relevante de Washington.

Lula recebeu bem a todos, reafirmou o direito do Irã a um programa nuclear pacífico, de Israel à paz dentro de suas fronteiras e da Palestina à independência. Prometeu retribuir as três visitas e convidou gregos e troianos das margens do Jordão a unirem forças contra a seleção canarinho em um inédito combinado. O treinador, se conseguir levar a proposta, merecerá o Nobel da Paz mais que o presidente dos EUA.

A recepção a Ahmadinejad pode ter sido uma “cotovelada” em Barack Obama e ter contribuído para minar o esforço do Ocidente para isolar o regime iraniano, como disse o New York Times. Mais discutível é se, como insistiu esse jornal e outros dos EUA e da Europa, tenha enfraquecido a projeção internacional do Brasil ao “macular” sua imagem e mostrar que “ainda não pode ser levado a sério como um personagem no cenário internacional”, como quis um deputado de Washington.

Horas antes da chegada do iraniano, Obama enviou um aparentemente inábil fax de duas páginas e meia a Lula cobrando sua posição quanto a direitos humanos e ao programa nuclear Irã e justificando as atitudes dos EUA em Honduras, OMC e Copenhague. O teor exato não foi revelado, mas caiu mal no Planalto. O assessor Marco Aurélio Garcia disse entender que o presidente dos EUA enfrenta dificuldades internas, mas ainda assim é uma decepção e foi lamentável sua atitude de legitimar o golpe em Honduras. No dia seguinte, o chanceler Celso Amorim jogou água na fervura: “Eles estão no Norte e nós no Sul. Vemos as coisas de maneira diferente, mas não há razões para tensão”.

Lula e a diplomacia brasileira ganharam importância não por acatar as opiniões das potências ocidentais, mas por conduzir uma política independente, respaldada em um arco de alianças mais amplo que o (cada vez mais relativizável) “Ocidente Desenvolvido” e por uma economia que reduziu sua dependência da boa vontade dos países ricos e de suas agências. Como apontou a revista Time, é natural para Lula defender o direito do Irã à mesma tecnologia nuclear que o Brasil possui e usa, e “isso o põe em alguma parte entre os dois lados – justo onde um mediador gosta de estar”.

Não se sabe exatamente quais questões Obama tinha em mente em abril, ao saudar efusivamente Lula e qualificá-lo como “o político mais popular da Terra” na reunião do G-20, mas não estava apenas brincando – e certamente não teria motivos para dizer isso se esse governo brasileiro tivesse sido tão cordato e submisso quanto o foram alguns dos que o precederam.

A própria importância da cúpula, que substituiu a do G-8 como principal fórum da economia global, foi uma consequência indireta da decisão do Brasil de articular um bloco de vinte e poucos países periféricos na reunião de Cancún de agosto de 2003, para se contrapor ao G-8 e sua pretensão de abertura unilateral dos mercados periféricos. Foi seguido pelo bloqueio da iniciativa estadunidense da Alca no fim desse ano e acompanhado por uma ofensiva para aprofundar laços diplomáticos e comerciais com países periféricos de todo o mundo e aliar o Mercosul aos demais países da América do Sul.

Durante anos, esses esforços foram continuamente atacados pela oposição brasileira e desvalorizados pela imprensa internacional. Às vésperas da eleição presidencial de 2006, The Economist fazia eco à propaganda tucana ao falar de “encolhimento do Brasil”, dar o país como “espectador irrelevante” dos acontecimentos na América do Sul e considerar sua política externa uma “confusão”, dando como exemplo o esforço de aproximação de países africanos, do Oriente Médio e da Ásia, “com resultados esquálidos”. A “voz mais forte” da América Latina não era Lula e sim Chávez, que exercia a liderança pretendida pelo Brasil e o “humilhara” na Bolívia. Chegou a opinar que Lula devia reeleger-se “de maneira notável, embora talvez injustificada”.

Em dezembro de 2008, a revista reconhecia a contragosto o equívoco: “O Brasil de fato tornou-se muito mais influente”. A tão desdenhada Unasul fora fundada, lidara com conflitos entre Colômbia e Equador e na Bolívia sem interferência dos EUA ou da OEA, e na Cúpula dos Povos do Sul de Salvador, em dezembro, os 33 países da América Latina e do Caribe se reuniam, pela primeira vez na história, sem a presença dos EUA ou de europeus. A revista julgava ser uma anomalia temporária, resultante de os EUA estarem no fim de uma “Presidência desastrosa”. Em 2009, previa The Economist, “os EUA terão um popular novo líder que sem dúvida será o astro da Cúpula das Américas em abril”. Nas previsões para O Mundo em 2009, ignorou o G-20 e previu: “O Brasil vai continuar a se sair melhor que o México, mas nenhum dos dois se sairá bem”.

Meses depois, Obama, de mãos vazias, não conseguiu roubar o show na Cúpula das Américas e o G-20 tornou-se o foco das atenções. O México, por excesso de dependência dos EUA e de fidelidade ao modelo neoliberal, sofria a pior crise da América Latina e o Brasil, graças à recuperação do papel do Estado na economia, aos programas sociais e à diversificação de laços externos, tornou-se exemplo de superação da crise. O índice de desemprego voltou à normalidade antes do fim do ano, enquanto o dos EUA atingiu um patamar não visto desde o segundo choque do petróleo e continuava em alta.

Em setembro, quando da Assembleia da ONU, a revista estadunidense Newsweek repetiu o diagnóstico de Obama e destacou o presidente do Brasil como “astro da ONU”. A concorrente Time descreveu o País como “primeiro contrapeso real aos EUA no Ocidente” e a alemã Der Spiegel como o “gigante gentil” pela pressão não violenta contra o golpe em Honduras.

Depois que Lula ajudou a convencer o Comitê Olímpico a escolher o Rio de Janeiro para 2016, apesar do lobby simultâneo de Obama pela favorita Chicago, os jornais britânicos The Independent e Financial Times, a revista The Economist e o jornal espanhol El País destacaram matérias sobre a prosperidade e a crescente importância internacional do Brasil.

Em novembro, o País continuou em destaque na conferência da FAO sobre a fome em Roma e nos preparativos para o encontro em Copenhague. A revista Der Spiegel cobre a transposição do rio São Francisco, descreve Lula como o “pai dos pobres” que deflagrou um “milagre econômico” (aparentemente inconsciente das conotações históricas polêmicas e opostas das duas expressões no Brasil) e cita o País como “o astro do BRIC”.

Objetivamente, o Brasil e seu comportamento na arena internacional não mudaram entre 2008 e 2009. Seu crescimento neste ano não será espetacular e os problemas de sua diplomacia, incluindo atritos com vizinhos e dificuldades em articular acordos comerciais mais estáveis e abrangentes, continuam mais ou menos os mesmos. Alteraram-se de maneira inesperada, porém, os paradigmas e as referências que o avaliavam.

Primeiro, morreram o Consenso de Washington e o dogma de que a prosperidade seria garantida pela adesão à globalização neoliberal e pela expansão do consumo dos países ricos. Foi-se o projeto de desenvolvimento dependente que norteou a diplomacia brasileira antes de Lula e continuou a servir de referência a países como o México. Com uma política comercial voltada a mercados periféricos em rápido crescimento e uma política social de inclusão, o Brasil pôde exportar para a China e outros países da Ásia e África ou vender para sua própria classe baixa ascendente o que perdeu no comércio com os EUA e Europa. Enquanto os países do Norte perdiam o dito-cujo, a política Sul-Sul deixou de ser uma anomalia para indicar uma direção viável.

Segundo, a hegemonia econômica e financeira do Norte foi subitamente abalada, deixando-os com pouco a oferecer às elites dos países periféricos. Os EUA não têm mais um mercado em rápido crescimento e precisa cortejar a China e outros países com reservas acumuladas como o Brasil (hoje quarto maior credor dos EUA) para financiar seu déficit explosivo e ajudar (com a intermediação do FMI) a conter a crise nas economias mais frágeis, como as da Europa Oriental.

Terceiro, mas não menos importante, a coesão política interna do Norte se enfraqueceu. Embora inicialmente visto com muita simpatia, Obama mostra-se incapaz de dar um novo rumo às relações exteriores dos EUA.

Como Lula no início do mandato, Obama herdou do governo anterior uma grave crise econômica e uma oposição intransigente. Para governar em minoria, Lula cedeu ao capital financeiro e abriu mão de grande parte de seus objetivos de política econômica (para só retomá-las no segundo mandato, parcialmente), mas manteve a iniciativa na política social e desde o início conduziu as relações internacionais como pretendia.

Já Obama, apesar de deter teoricamente a maioria nas duas casas do Congresso, cedeu em quase tudo e mais visivelmente na política externa. Desistiu de fechar a prisão de Guantánamo no prazo prometido, de promover uma nova liderança no Afeganistão, de conter o envolvimento militar no Oriente Médio, de comprometer-se com acordos ambientais, de pressionar Israel por um acordo com a Autoridade Palestina e de mudar o relacionamento com a América Latina.

Em artigo recente, o economista Jeffrey Sachs afirma que “a crise de governança dos EUA é a pior na história moderna e provavelmente se agravará nos próximos anos. A agenda de Obama está paralisada e as divisões ideológicas vão se aprofundando. O processo político, em si, está quebrado”.

Um exemplo foi a crise em Honduras. Embaixadores e porta-vozes dos EUA se contradisseram, mostrando dificuldade da Casa Branca de decidir ou de impor uma política. O Departamento de Estado depois pareceu apoiar a exigência dos latino-americanos de um acordo para legitimar as eleições – mas depois o traiu por um preço irrisório. Democracia e relações de confiança com a América Latina mostraram valer menos para a Casa Branca do que um funcionário de segundo escalão – Arturo Valenzuela, que os republicanos aceitaram para subsecretário para a América Latina em troca do reconhecimento do golpe.

Rebatizado o regime golpista de Roberto Micheletti de “governo de unidade nacional”, Obama prometeu reconhecer as eleições, apesar da repressão de manifestações, detenções ilegais, assassinatos políticos e fechamento de canais antigolpistas. Somada à insistência nas bases na Colômbia, a decisão decepcionou os latino-americanos moderados e enfureceu os radicais, cada vez mais convencidos da inevitabilidade do confronto armado.

A União Europeia está paralisada de forma ainda mais estrutural pela falta de consenso entre integrantes para conduzir uma política externa consequente. A China, embora tenha o porte econômico de superpotência, ainda não age como tal. Todas as potências, mais ou menos afetadas pela crise, estão ocupadas demais em puxar a brasa para as subitamente escassas sardinhas para pensar em propor um novo modelo e dispor-se a liderá-lo.

Entre diplomacias imediatistas, enredadas em conflitos partidários e regionais em torno de interesses econômicos imediatos e mesquinhos, o Brasil de Lula e Amorim ousou com habilidade. Fez da falta de ambições militares e da necessidade de ampliar laços com o mundo a partir de uma posição intermediária entre as dos países mais ricos e os mais pobres uma alavanca para se tornar um interlocutor – e eventualmente mediador – aceitável por todos, capaz de ocupar o espaço diplomático esvaziado de autênticas lideranças globais e articular as alianças mais diversas.

Isso coloca Lula e o Itamaraty, vez por outra, em companhias moralmente pouco recomendáveis. O governo brasileiro poderia mostrar mais disposição de combater as violações de direitos humanos no cenário internacional. Sem deixar de expor a hipocrisia e a seletividade de países desenvolvidos quanto a direitos internacionais e humanos, demasiadas vezes distorcidos por critérios desiguais que os reduzem a meros pretextos para justificar seus objetivos.

Corrupção é pretexto para negar ajuda econômica a países pobres e lhes impor políticas de desregulamentação e privatização exigidas pelo FMI, mas não para reduzir a ajuda econômica e militar aos amigos. Aliados – como Israel, Arábia Saudita, Afeganistão, Colômbia, Egito e Paquistão, entre outros – podem cometer os mesmos atos de agressão a vizinhos, proliferação nuclear, repressão ao próprio povo, fraude eleitoral e cumplicidade com o narcotráfico que servem de pretexto para justificar sanções, ameaças e intervenções contra regimes que contrariam seus interesses estratégicos. E ainda ganham pontos ao oferecer os serviços de seus torturadores aos países ricos quando eles julgam necessário esquecer os direitos humanos e a lei internacional ao lidar com seus inimigos. Esse modelo não é o norte moral que sirva ao Itamaraty.
Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa

http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=5567

Caixa bate recorde no crédito imobiliário com R$ 39 bi no ano


03/12/2009 - 10h48
Caixa bate recorde no crédito imobiliário com R$ 39 bi no ano

PUBLICIDADE


TATIANA RESENDE
da Folha Online
O financiamento habitacional da Caixa Econômica Federal bateu novo recorde ao emprestar R$ 39 bilhões neste ano até novembro, quase o dobro (93%) do registrado no mesmo período em 2008, beneficiando 756.507 famílias, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela instituição financeira.

Renda e crédito reduzem deficit habitacional no país pelo 2º ano
Crédito ao consumidor abre 2010 aquecido, mas deve desacelerar
Consumidor acessa crédito mais barato

Os empréstimos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) registraram crescimento de 46%, chegando a R$ 14,9 bilhões no período, valor suficiente para atender 245.229 famílias.

Já com recursos próprios foram contabilizados 412.327 contratos, totalizando R$ 20,3 bilhões, com expansão de 134% e 119%, respectivamente.

No Estado de São Paulo, 150.634 unidades foram financiadas pela Caixa --responsável por 74% dos empréstimos habitacionais no país--, totalizando R$ 10 bilhões, ante R$ 6,54 bilhões.

O programa Minha Casa, Minha Vida recebeu em todo o país, até o último dia 30, 2.763 propostas de empreendimentos com 567 mil moradias. Desse total, 322.300 imóveis são para famílias com renda de até três salários.

A meta do programa federal é construir um milhão de moradias para famílias com renda de até dez salários mínimos, sendo 400 mil para a faixa que recebe até três salários mínimos e concentra a maior parte do deficit habitacional do país.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u661141.shtml

Globalização


Globalização
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados. O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como conseqüência o aumento acirrado da concorrência.
História

A globalização é um fenômeno capitalista e complexo que começou na época dos Descobrimentos e que se desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu conteúdo passou despercebido por muito tempo, e hoje muitos economistas analisam a globalização como resultado do pós Segunda Guerra Mundial, ou como resultado da Revolução Tecnológica.
Sua origem pode ser traçada do período mercantilista iniciado aproximadamente no século XV e durando até o século XVIII, com a queda dos custos de transporte marítimo, e aumento da complexidade das relações políticas européias durante o período. Este período viu grande aumento no fluxo de força de trabalho entre os países e continentes, particularmente nas novas colônias européias.
Já em meio à Segunda Guerra Mundial surgiu, em 1941, um dos primeiros sintomas da globalização das comunicações: o pacote cultural-ideológico dos Estados Unidos incluia várias edições diárias de O Repórter Esso , uma síntese noticiosa de cinco minutos rigidamente cronometrados, a primeira de caráter global, transmitido em 14 países do continente americano por 59 estações de rádio, constituindo-se na mais ampla rede radiofônica mundial [1].
É tido como início da globalização moderna o fim da Segunda Guerra mundial, e a vontade de impedir que uma mostruosidade como ela ocorresse novamente no futuro, sendo que as nações vitoriosas da guerra e as devastadas potências do eixo chegaram a conclusão que era de suma importância para o futuro da humanidade a criação de mecanismos diplomáticos e comerciais para aproximar cada vez mais as nações uma das outras. Deste consenso nasceu as Nações Unidas, e começou a surgir o conceito de bloco econômico pouco após isso com a fundação da Comunidade Européia do Carvão e do Aço - CECA.
A necessidade de expandir seus mercados levou as nações a aos poucos começarem a se abrir para produtos de outros países, marcando o crescimento da ideologia econômica do liberalismo.
Atualmente os grandes beneficiários da globalização são os grandes países emergentes, especialmente o BRIC, com grandes economias de exportação, grande mercado interno e cada vez maior presença mundial[2]. Antes do BRIC, outros países fizeram uso da globalização e economias voltadas a exportação para obter rápido crescimento e chegar ao primeiro mundo, como os tigres asiáticos na década de 1980 e Japão na década de 1970[3].
Enquanto Paul Singer vê a expansão comercial e marítima européia como um caminho pelo qual o capitalismo se desenvolveu assim como a globalização, Maria da Conceição Tavares aposta o seu surgimento na acentuação do mercado financeiro, com o surgimento de novos produtos financeiros.
Impacto



A característica mais notável da globalização é a presença de marcas mundiais
A globalização afeta todas as áreas da sociedade, principalmente comunicação, comércio internacional e liberdade de movimentação, com diferente intensidade dependendo do nível de desenvolvimento e integração das nações ao redor do planeta.
Comunicação
A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de idéias e informações sem critérios na história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limitação a barreira lingüística.
Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da universalização do acesso a meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos, principalmente celulares e os de infraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da qualidade graças a inovação tecnológica. Hoje uma inovação criada no Japão pode aparecer no mercado português ou brasileiro em poucos dias e virar sucesso de mercado. Um exemplo da universalização do acesso a informação pode ser o próprio Brasil, hoje com 42 milhões de telefones instalados [4], e um aumento ainda maior de número de telefone celular em relação a década de 80, ultrapassando a barreira de 100 milhões de aparelhos em 2002.
Redes de televisão e imprensa multimédia em geral também sofreram um grande impacto da globalização. Um país com imprensa livre hoje em dia pode ter acesso, alguma vezes por televisão por assinatura ou satélite, a emissoras do mundo inteiro, desde NHK do Japão até Cartoon Network americana.
Pode-se dizer que este incremento no acesso à comunicação em massa acionado pela globalização tem impactado até mesmo nas estruturas de poder estabelecidas, com forte conotação a democracia, ajudando pessoas antes alienadas a um pequeno grupo de radiodifusão de informação a terem acesso a informação de todo o mundo, mostrando a elas como o mundo é e se comporta[5]
Mas infelizmente este mesmo livre fluxo de informações é tido como uma ameaça para determinados governos ou entidades religiosas com poderes na sociedade, que tem gasto enorme quantidade de recursos para limitar o tipo de informação que seus cidadãos tem acesso.
Na China, onde a internet tem registrado crescimento espetacular, já contando com 136 milhões de usuários [6] graças à evolução, iniciada em 1978, de uma economia centralmente planejada para uma nova economia socialista de mercado [7] , é outro exemplo de nação notória por tentar limitar a visualização de certos conteúdos considerados "sensíveis" pelo governo, como do Protesto na Praça Tiananmem em 1989, além disso em torno de 923 sites de noticias ao redor do mundo estão bloqueados, incluindo CNN e BBC, sites de governos como Taiwan também são proibidos o acesso e sites de defesa da independência do Tibete. O número de pessoas presas na China por "ação subversiva" por ter publicado conteúdos críticos ao governo é estimado em mais de 40 ao ano. A própria Wikipédia já sofreu diversos bloqueios por parte do governo chinês[8].
No Irã, Arábia Saudita e outros países islâmicos com grande influência da religião nas esferas governamentais, a internet sofre uma enorme pressão do estado, que tenta implementar diversas vezes barreiras e dificuldades para o acesso a rede mundial, como bloqueio de sites de redes de relacionamentos sociais como Orkut e MySpace, bloqueio de sites de noticias como CNN e BBC. Acesso a conteúdo erótico também é proibido.
Qualidade de vida


Londres, a cidade mais globalizada do planeta.
O acesso instantâneo de tecnologias, principalmente novos medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de alimentos e barateamento no custo dos mesmos, tem causado nas últimas décadas um aumento generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. De 1981 a 2001, o número de pessoas vivendo com menos de US$1 por dia caiu de 1,5 bilhão de pessoas para 1,1 bilhão, sendo a maior queda da pobreza registrada exatamente nos países mais liberais e abertos a globalização[9].
Na China, após a flexibilização de sua economia comunista centralmente planejada para uma nova economia socialista de mercado [7], e uma relativa abertura de alguns de seus mercados, a porcentagem de pessoas vivendo com menos de US$2 caiu 50,1%, contra um aumento de 2,2% na África sub-saariana. Na América Latina, houve redução de 22% das pessoas vivendo em pobreza extrema de 1981 até 2002[10].
Embora alguns estudos sugiram que atualmente a distribuição de renda ou está estável ou está melhorando, sendo que as nações com maior melhora são as que possuem alta liberdade econômica pelo Índice de Liberdade Econômica[11], outros estudos mais recentes da ONU indicam que "a 'globalização' e 'liberalização', como motores do crescimento econômico e o desenvolvimento dos países, não reduziram as desigualdades e a pobreza nas últimas décadas" [12].
Para o prêmio nobel em economia Stiglitz, a globalização, que poderia ser uma força propulsora de desenvolvimento e da redução das desigualdades internacionais, está sendo corrompida por um comportamento hipócrita que não contribui para a construção de uma ordem econômica mais justa e para um mundo com menos conflitos. Esta é, em síntese, a tese defendida em seu livro A globalização e seus malefícios: a promessa não-cumprida de benefícios globais [13]. Críticos argumentam que a globalização fracassou em alguns países, exatamente por motivos opostos aos defendidos por Stiglitz: Porque foi refreada por uma influência indesejada dos governos nas taxas de juros e na reforma tributária [1].
Efeitos na indústria e serviços
Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com a criação da modalidade de outsourcing de empregos para países com mão-de-obra mais baratas para execução de serviços que não é necessário alta qualificação, com a produção distribuída entre vários países, seja para criação de um único produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do mesmo produto em vários países para redução de custos e ganhar vantagem competitivas no acesso de mercados regionais.
O ponto mais evidente é o que o colunista David Brooks definiu como "Era Cognitiva", onde a capacidade de uma pessoa em processar informações ficou mais importante que sua capacidade de trabalhar como operário em uma empresa graças a automação, também conhecida como Era da Informação, uma transição da exausta era industrial para a era pós-industrial[14].
Nicholas A. Ashford, acadêmico do MIT, conclui que a globalização aumenta o ritmo das mudanças disruptivas nos meios de produção, tendendo a um aumento de tecnologias limpas e sustentáveis, apesar que isto irá requerer uma mudança de atitude por parte dos governos se este quiser continuar relevante mundialmente, com aumento da qualidade da educação, agir como evangelista do uso de novas tecnologias e investir em pesquisa e desenvolvimento de ciências revolucionárias ou novas como nanotecnologia ou fusão nuclear. O acadêmico, nota porém, que a globalização por si só não traz estes benefícios sem um governo pró-ativo nestes questões, exemplificando o cada vez mais globalizado mercados EUA, com aumento das disparidades de salários cada vez maior, e os Países Baixos, integrante da UE, que se foca no comércio dentro da própria UE em vez de mundialmente, e as disparidades estão em redução[15].

http://pt.wikipedia.org/wiki/Globaliza%C3%A7%C3%A3o

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

LULA e FHC SEM COMPARAÇÕES!!!


ABAIXO O VOTO FANÁTICO! DIGA NÃO AO VOTO IRRACIONAL!
Assim não dá! Assim não pode! Voto é coisa séria! Tem de se ser responsável! Tem de se raciocinar! Avaliar! Comparar!
E não é só ir acreditando no que diz a propaganda, no que dizem os fanáticos. Tem de pesquisar, buscar a verdade dos fatos, conferir cada dado exposto, apresentado. E hoje é fácil! É só você ir no Google e pesquisar um por um.

Então, observe a comparação aí abaixo. São dados para você pensar, avaliar e raciocinar planejando seu futuro, os dos seus filhos, sobrinhos e netos.
_________________________________________________________________________________________
Balanço comparativo
_________________________________________________________________________________________________________________

GOVERNO
1-PSDB - F H C - SERRA
2-PT - L U L A - DILMA

RISCO BRASIL
1-2.700 PONTOS
2-200 PONTOS
SALÁRIO MÍNIMO CONVERTIDO EM DOLARES
1-78 DÓLARES
2-243 DÓLARES
DÓLAR
1-R$ 3,26
2-R$ 1,78
DIVIDA FMI
1-TRIPLICOU
2-PAGOU
INDUSTRIA NAVAL
1-DESATIVOU
2-RECONSTRUIU
UNIVERSIDADES NOVAS
1-0
2-12
EXTENSÕES UNIVERSITÁRIAS
1-0
2-131
ESCOLAS TÉCNICAS
1-0
2-214
VALORES E RESERVAS DO TESOURO NACIONAL
1-31 BILHÕES DE DÓLARES
2-225 BILHÕES DE DÓLARES
CRÉDITOS POPULAR - PIB
1-14%
2-34%
ESTRADAS DE FERRO
1-0
2-03 MEGA FERROVIAS EM CONSTRUÇÃO
ESTRADAS RODOVIÁRIAS
1-90% DANIFICADAS
2-70% RECUPERADAS - 88% EM BOAS CONDIÇÕES
INDUSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
1-EM BAIXA E DESEMPREGANDO
2-BATENDO RECORDE ATRÁS DE RECORDE DE PRODUÇÃO
CRISES INTERNACIONAIS
1-3 QUE ARRASARAM O PAÍS
2-AQUI SÓ UMA "MAROLINHA"
A MAIOR DA HISTÓRIA
CÂMBIO
1-FIXO: ESTOURANDO O TESOURO NACIONAL
2-FLUTUTANTE
TAXA DE JUROS SELIC
1-26,5 % AO ANO
2-8,5 % AO ANO - A MENOR DA HISTÓRIA
MOBILIDADE SOCIAL
1-2 MILHÕES DE PESSOAS SAÍRAM DA LINHA DE POBREZA
2-31 MILHÕES DE PESSOAS SAÍRAM DA LINHA DE POBREZA

EMPREGOS
1-780 MIL EMPREGOS EM 8 ANOS
2-11 MILHÕES DE EMPREGOS COM CARTEIRA ASSINADA - ATÉ AGORA...
INVESTIMENTOS EM INFRAESTRURA
1-NENHUM
2-504 BILHÕES DE REAIS PREVISTOS ATÉ 2010
POLICIA FEDERAL
1-80 PRISÕES
2-2.750 PRISÕES
MERCADO INTERNACIONAL
1-O BRASIL SEM CRÉDITO PARA COMPRAR UMA CAIXA DE FÓSFORO
2-INVESTIMENT GRADE
ECONOMIA INTERNA
1-ESTAGNAÇÃO TOTAL COM DESINFLAÇÃO INERCIAL E DESEMPREGO
2-INCLUSÃO DE CONSUMIDORES E SURGIMENTO DE INVESTIDORES
ProUni
1-NÃO EXISTIA
2-670.000 JOVENS SÃO
NOVOS UNIVERSITÁRIOS
DESEMPREGO NO PAÍS
1-12,2%
2-7,4%
DÍVIDA INTERNA / PIB
1-55,5%
2-36,6%

ELETRIFICAÇÃO RURAL

1-2.700 PESSOAS
2-7.200.000 PESSOAS

GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRIC
1-APAGÃO

2-1.567 empreendimentos em operação... 65 empreendimentos atualmente em construção e mais 516 outorgadas

PETROBRÁS
1-TERCEIRIZAÇÕES E QUASE PRIVATIZAÇÃO “PETROBRAX”
NOVAS DESCOBERTAS ENTREGUES POR CONCESSÃO
2-FORTALECIMENTO – CONTRATAÇÕES VIA CONCURSO

1-PRÉ-SAL NO SISTEMA DE PARTILHA
2-PETRÓLEO NA MÃO DOS BRASILEIROS

Adeus, FHC


Adeus, FHC
24/11/2009 13:37:31

Leandro Fortes
Fernando Henrique Cardoso foi um presidente da República limítrofe, transformado, quase sem luta, em uma marionete das elites mais violentas e atrasadas do país. Era uma vistosa autoridade entronizada no Palácio do Planalto, cheia de diplomas e títulos honoris causa, mas condenada a ser puxada nos arreios por Antonio Carlos Magalhães e aquela sua entourage sinistra, cruel e sorridente, colocada, bem colocada, nas engrenagens do Estado. Eleito nas asas do Plano Real – idealizado, elaborado e colocado em prática pelo presidente Itamar Franco –, FHC notabilizou-se, no fim das contas, por ter sido co-partícipe do desmonte aleatório e irrecuperável desse mesmo Estado brasileiro, ao qual tratou com desprezo intelectual, para não dizer vilania, a julgá-lo um empecilho aos planos da Nova Ordem, expedida pelos americanos, os patrões de sempre.

Em nome de uma política nebulosa emanada do chamado Consenso de Washington, mas genericamente classificada, simplesmente, de “privatização”, Fernando Henrique promoveu uma ocupação privada no Estado, a tirar do estômago do doente o alimento que ainda lhe restava, em nome de uma eficiência a ser distribuída em enormes lucros, aos quais, por motivos óbvios, o eleitor nunca tem acesso.

Das eleições de 1994 surgiu esse esboço de FHC que ainda vemos no noticiário, um antípoda do mítico “príncipe dos sociólogos” brotado de um ninho de oposição que prometia, para o futuro do Brasil, a voz de um homem formado na adversidade do AI-5 e de outras coturnadas de então. Sobrou-nos, porém, o homem que escolheu o PFL na hora de governar, sigla a quem recorreu, no velho estilo de república de bananas, para controlar a agenda do Congresso Nacional, ora com ACM, no Senado, ora com Luís Eduardo Magalhães, o filho do coronel, na Câmara dos Deputados. Dessa tristeza política resultou um processo de reeleição açodado e oportunista, gerido na bacia das almas dos votos comprados e sustentado numa fraude cambial que resultou na falência do País e no retorno humilhante ao patíbulo do FMI.

Isso tudo já seria um legado e tanto, mas FHC ainda nos fez o favor de, antes de ir embora, designar Gilmar Mendes para o Supremo Tribunal Federal, o que, nas atuais circunstâncias, dispensa qualquer comentário.
Em 1994, rodei uns bons rincões do Brasil atrás do candidato Fernando Henrique, como repórter do Jornal do Brasil. Lembro de ver FHC inaugurando uma bica (isso mesmo, uma bica!) de água em Canudos, na Bahia, ao lado de ACM, por quem tinha os braços levantados para o alto, a saudar a miséria, literalmente, pelas mãos daquele que se sagrou como mestre em perpetuá-la. Numa tarde sufocante, durante uma visita ao sertão pernambucano, ouvi FHC contar a uma platéia de camponeses, que, por causa da ditadura militar, havia sido expulso da USP e, assim, perdido a cátedra. Falou isso para um grupo de agricultores pobres, ignorantes e estupefatos, empurrados pelas lideranças pefelistas locais a um galpão a servir de tribuna ao grande sociólogo do Plano Real. Uns riram, outros se entreolharam, eu gargalhei: “perder a cátedra”, naquele momento, diante daquela gente simples, soou como uma espécie de abuso sexual recorrente nas cadeias brasileiras. Mas FHC não falava para aquela gente, mas para quem se supunha dono dela.

Hoje, FHC virou uma espécie de ressentido profissional, a destilar o fel da inveja que tem do presidente Lula, já sem nenhum pudor, em entrevistas e artigos de jornal, justamente onde ainda encontra gente disposta a lhe dar espaço e ouvidos. Como em 1998, às vésperas da reeleição, quando foi flagrado em um grampo ilegal feito nos telefones do BNDES. Empavonado, comentava, em tom de galhofa, com o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, das Comunicações, da subserviência da mídia que o apoiava acriticamente, em meio a turbilhão de escândalos que se ensaiava durante as privatizações de então:

Mendonça de Barros – A imprensa está muito favorável com editoriais.
FHC – Está demais, né? Estão exagerando, até!

A mesma mídia, capitaneada por um colunismo de viúvas, continua favorável a FHC. Exagerando, até. A diferença é que essa mesma mídia – e, em certos casos, os mesmos colunistas – não tem mais relevância alguma.

Resta-nos este enredo de ópera-bufa no qual, no fim do último ato, o príncipe caído reconhece a existência do filho bastardo, 18 anos depois de tê-lo mandado ao desterro, no bucho da mãe, com a ajuda e a cumplicidade de uma emissora de tevê concessionária do Estado – de quem, portanto, passou dois mandatos presidenciais como refém e serviçal.

Agora, às portas do esquecimento, escondido no quarto dos fundos pelos tucanos, como um parente esclerosado de quem a família passou do orgulho à vergonha, FHC decidiu recorrer à maconha.
A meu ver, um pouco tarde demais.


Leandro Fortes
Brasília, eu vi
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=5563

A Policia Federal fez, na última sexta, uma mega-operação em Brasilia. Arruda está sob suspeita.


Arruda, o chorão: amigo da "Veja" está sob suspeita
publicada sexta, 27/11/2009 às 20:09 e atualizado sexta, 27/11/2009 às 20:32 | 15 Comentários

José Roberto Arruda é aquele sujeito que - durante o governo de FHC - se achava poderoso. Ajudou ACM a violar o "painel do Senado", pra saber como tinham votado os colegas numa decisão importante - http://www.direito2.com.br/asen/2001/abr/24/ex-diretor-diz-que-arruda-pediu-violacao-do-painel-do-senado-e-nao.



Na época. Arruda (foto) foi à tribuna, chorou feito criança, disse que tinha feito grande bobagem. Renunciou para escapar à cassação. Homem corajoso que só ele!

Filiou-se ao DEM, e ganhou a eleição pro governo do Distrito Federal.



Em julho deste ano, Arruda ocupou as páginas amarelas da "Veja". O título da entrevista: "Ele deu a volta por cima" - http://arquivoetc.blogspot.com/2009/07/veja-entrevista-jose-roberto-arruda.html. Vejam um trecho da entrevista:

É possível governar sem fisiologismo?
É quase impossível. O fisiologismo está entranhado de uma maneira tal na cultura política brasileira que, hoje, a única diferença entre um governante e outro é o limite de tolerância e flexibilidade em relação a essa prática. É hipocrisia não reconhecer que todos os governos, literalmente todos, praticam certa dose de fisiologismo.

E qual é o seu limite?
É o limite ético. É não dar mesada, não permitir corrupção endêmica, institucionalizada. Sei que existe corrupção no meu governo, mas sempre que eu descubro há punição.

A revista tratou-o como um estadista.

Estava tudo em casa. Arruda tinha acabado de decidir que o governo do DF assinaria a "Veja" para entregar a revista às escolas públicas. Quanta bondade, com dinheiro público - http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=549IPB001

Pois bem: o estadista chorão, o amigo da "Veja", saiu das páginas amarelas direto para as páginas policiais.

A Policia Federal fez, nessa sexta, uma mega-operação em Brasilia. Arruda está sob suspeita.

Vejam o que saiu no "Terra":

"Aproximadamente 150 agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira em empresas, residências e gabinetes de deputados distritais e apreenderam, ao todo, R$ 700 mil em dinheiro. A Operação Caixa de Pandora apreendeu ainda computadores, documentos e mídias.

A operação da PF apura um suposto esquema de propina à "base aliada" do governo de José Roberto Arruda (DEM). O secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, foi o colaborador da investigação e gravou uma conversa em que o governador apareceria negociando com ele o destino de R$ 400 mil."

Será que o Arruda vai para a tribuna chorar? Ou vai pedir ajuda à "Veja"?

http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/arruda-o-chorao-amigo-da-veja-esta-sob-suspeita

Miriam Leitão, a pitonisa: ela quer derrubar a Bolsa?


Miriam Leitão, a pitonisa: ela quer derrubar a Bolsa?
publicada quarta, 09/09/2009 às 23:51 e atualizado sexta, 11/09/2009 às 15:57 | 20 Comentários

Em 98, a Miriam Leitão (aquela "comentarista de economia" que aterroriza as manhãs do Brasil) "garantia" que a paridade entre real e dólar seria mantida. A família Marinho acreditou, e por isso a Globo seguiu endividada em dólar. Quando FHC se reelegeu, a paridade foi pro vinagre. Quem devia 1 bilhão de dólares (=1 bilhão de reais), de repente passou a dever 3 vezes isso.

A Globo quase quebrou. Porque acreditou na Miriam Leitão. Eu trabalhava lá, e sei bem como apertaram os cintos, venderam afiliadas, cortaram gastos: entregaram os anéis para salvar os dedos.

Onze anos depois, a Miriam Leitão persiste no erro. Só que agora, em vez de previsões otimistas, ela inverte os sinais. Aposta contra o Brasil. Dá ouvidos para consultores que não acreditam no Brasil.

Confiram, no texto de Augusto da Fonseca, no FBI - http://festivaldebesteirasdaimprensa.blogspot.com/2009/09/rc-consultores-tem-apenas-quatro-meses.html.

===

RC Consultores tem apenas quatro meses para fazer o Indice Bovespa cair aos 45 mil pontos: é isso ou o descrédito!

Em 29/07/09, a pitonisa Míriam Leitão publicou em seu blog o post "RC: Ibovespa com 45 mil pontos no fim do ano".

RC não é o cantor Roberto Carlos mas sim a empresa de consultoria do Paulo Rabello de Castro (à esquerda do FHC, na foto), RC Consultores, que tem um currículo invejável.

No currículo não está claro se ele é um economista cartesiano ou "emo".

Segundo a Míriam, "a RC Consultores estima que o Ibovespa chegue no final do ano com pontuação em torno de 45 mil"

Fui checar a quantas anda o IBovespa, nesta quarta-feira cabalística (9/9/9)

Tá lá no G1 "Bovespa tem leve alta, mas garante nova máxima para o ano"

"A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou com discreta alta nesta quarta-feira (9), mas conseguiu, mesmo assim, um novo recorde de pontos para o ano de 2009, atingindo o melhor patamar desde o fim de julho do ano passado. O índice Ibovespa, referência para o mercado brasileiro, fechou o dia com ganho de 0,10%, aos 57.909 pontos. O índice não teve grandes variações no dia, mas chegou a ultrapassar a barreira dos 58 mil pontos, que passou a ser nova meta para o mercado brasileiro."

Faltando apenas quatro meses para terminar o ano, a RC Consultores tem que fazer alguma coisa para virar esse jogo, já que ao IBovespa precisa cair 13 mil pontos, para chegar aos 45 mil previstos.

Ou então, humildemente, realizar auto-crítica, entregando o anel para não perder os dedos...

Sob pena de descrédito e falência em 2010, apesar das previsões dos economistas cartesianos do Relatório Focus de crescimento de 4,0% do PIB.

Pelo andar da carruagem da economia, talvez seja a única empresa brasileira a falir em 2010.
http://www.rodrigovianna.com.br/forca-da-grana/miriam-leitao-a-pitonisa-ela-quer-derrubar-a-bolsa

A corrupção tucana em SP e no RS



ZÉ DIRCEU: CORRUPÇÃO EM SP NÃO TEM DONO
Atualizado em 02 de dezembro de 2009 às 13:38 | Publicado em 02 de dezembro de 2009 às 13:36

30-Nov-2009

A corrupção tucana em SP e no RS

do blog do Zé Dirceu


A suspensão de um concurso fraudado para perito da Polícia Civil de São Paulo, e a sustação do pagamento dos últimos três meses às empresas responsáveis por emplacamento de carros no Estado ocupam amplo espaço na imprensa hoje - no Estado de S.Paulo e na Folha de S.Paulo.


Como sempre, à moda da imprensa: títulos e textos não associam os dois escândalos ao governo tucano de São Paulo e nem ao governador José Serra (PSDB), ao contrário do que fariam - não tenham dúvidas - se os dois casos ocorressem em administrações sob o comando do PT.


O esquema de corrupção que envolve o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (DETRAN-SP), segundo as investigações preliminares, já causou um prejuízo de R$ 40 milhões aos cofres públicos estaduais. Além de empresários, também, delegados de polícia são suspeitos de participar das irregularidades. O concurso na Polícia Civil, realizado no meio do ano, está suspenso porque beneficiou um parente de um dos diretores do órgão que só não ficou com a vaga porque saiu-se mal em questões elementares na prova oral.


Os dois fatos provam a incúria com que os tucanos governam o Estado de São Paulo há 16 anos. Não mudou nada o esquema de corrupção no DETRAN - melhor dizendo, nos DETRANs, já que no Rio Grande do Sul, adminsitrado pela governadora tucana Yeda Crusius, um dos principais escândalos que a envolvem e que teria causado prejuízo de R$ 44 milhões aos cofres estaduais gaúchos, também tem como foco central o DETRAN-RS.

Como se vê, nos governos do PSDB em São Paulo e no Rio Grande do Sul, os DETRANs continuam sendo órgãos corruptos. Mas a mídia não dá a menor importância a isso. Noticia esporadicamente algo que envolva um ou outro, mas jamais dá destaque ao que interessa: não informa ao leitor sobre quem nomeou seus diretores, de que partido eles vêm - ou a legenda partidária de quem os nomeia - e, no caso de São Paulo, nunca mostra que os sucessivos dirigentes do DETRAN há 16 anos são nomeados pelos governos tucanos que se sucedem no Estado.
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/ze-dirceu-corrupcao-em-sp-nao-tem-dono/

Bradesco: PIB vai crescer 6% em 2010. Bye-bye Serra 2010 !



Bradesco: PIB vai crescer 6% em 2010. Bye-bye Serra 2010 !
2/dezembro/2009 8:43

O consumo da nova classe média vai enterrar o Zé Pedágio
Do último boletim do Bradesco, sob a responsabilidade do respeitado economista Octavio de Barros:
PIB brasileiro deverá crescer 6,1% em 2010, guiado essencialmente por forte consumo e investimentos
1.Revisando o cenário de crescimento
O crescimento econômico brasileiro segue surpreendendo a cada nova divulgação. A combinação de estímulos fiscais e monetários com expansão do crédito doméstico e externo tem feito com que a atividade cresça de forma mais intensa do que o antecipado, com reflexos importantes na redução da ociosidade, tanto do mercado de trabalho quanto da utilização da capacidade industrial. Como consequência, a confiança de empresários e consumidores segue se elevando de forma importante.
Os resultados do PIB do terceiro trimestre, a serem divulgados na próxima semana, revelarão uma economia que se expande a taxas robustas (7,6% em termos anualizados1), com destaque para uma importante retomada dos investimentos (26,2% em termos anualizados).
Essa retomada dos investimentos é fundamental por dois aspectos: primeiro porque revela que o setor privado está crescendo justamente no momento em que os estímulos fiscais, como a redução do IPI, estão diminuindo, sugerindo que o crescimento da economia será sustentável a
despeito da redução dos estímulos. Em segundo lugar, esse aumento dos investimentos revela uma leitura generosa a respeito do futuro por parte dos empresários, que antecipam continuidade do aumento da demanda nos próximos trimestres e, portanto, aceleram hoje os investimentos, o que pode ser importante na mitigação dos riscos inflacionários no médio prazo.
Antes de falarmos dos determinantes futuros de demanda que estão governando as decisões de investimento, vale destacar um ponto a respeito deste quarto trimestre, que é nossa aposta em aceleração do ritmo de crescimento em relação ao trimestre anterior.
Os dados que observamos até o momento mostram que o crescimento do terceiro trimestre, ainda que tenha sido ajudado por uma recomposição de estoques na indústria, se sustentará ao longo deste final de ano por conta da expansão dos investimentos e da indústria além do consumo.
Em nossas simulações preliminares, o PIB deste quarto trimestre poderá crescer 9,1% em termos anualizados, superior, portanto, ao terceiro trimestre.
À medida que este cenário se confirmar, nos parece bastante provável que o Banco Central (BCB) comece a mudar um pouco o discurso em relação à existência de elevada ociosidade na economia, uma vez que o PIB estará crescendo há três trimestres consecutivos a uma taxa anualizada superior à do PIB potencial (estimada por nós em 4,5%).
É verdade que o nível do PIB corrente (e não a variação) ainda permanecerá ligeiramente abaixo do potencial neste quarto trimestre, mas essa folga passa a se reverter já no início do próximo ano em nosso cenário, quando, então, os juros já devem iniciar um processo gradual e retorno ao nível neutro. Se nossa avaliação do quarto trimestre estiver correta, o PIB de 2009 deverá crescer 0,5%, o que implica em um carregamento forte para o crescimento de 2010: para que o país cresça os 6,1% que esperamos no próximo ano, basta que o PIB cresça, em média, 4,3% em termos anualizados a cada trimestre, ou seja, trata-se de uma taxa de crescimento próxima à do potencial e, portanto, não muito difícil de ser atingida.
A retomada do investimento em nosso cenário está pautada, por sua vez, na expectativa de aumento da demanda doméstica. Em nossa visão, a taxa de desemprego ao longo de 2010 visitará o recorde de baixa desde que temos registro da série; além disso, o mercado de trabalho será reforçado por um crescimento de renda de 2,7% em termos reais, tanto por parte do setor público como do setor privado: elevação real de cerca de 5,0% do salário mínimo, 2,5% a 3,0% para as demais aposentadorias e elevação já contratada dos salários de servidores públicos. O crédito, por sua vez, tanto para consumo quanto para as empresas seguirá em expansão, favorecendo ainda mais essa sustentação da demanda. Esperamos que o consumo das famílias cresça 5,1% em 2010.