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sábado, 25 de junho de 2011

Posição do PT contra greve dos professores em Fortaleza não é desvio. É método! 20/06/2011


Causou surpresa a muita gente a posição da prefeita de Fortaleza Luizianne Lins e do seu líder na Câmara, o vereador Ronivaldo Maia, ambos do Partido dos Trabalhadores, na greve dos professores municipais. A dupla não só foi a público anunciar que não negocia com grevistas, como pediu na Justiça a ilegalidade do movimento. O desconforto na avaliação de alguns consiste na suposta contradição entre o passado de “lutas” de Luizianne e Ronivaldo, figuras fáceis em qualquer movimento de greve – qualquer um! – deflagrado enquanto estes estava na oposição, e a intransigência demonstrada agora. Uma vez governo, teriam mudado de lado e traído a vocação do partido.

Imagem romântica
Essa visão romanceada, que preserva a sigla e condena um ou outro sujeito, deriva justamente do discurso forjado durante três décadas para fazer do PT a expressão virtuosa de um maniqueísmo intrínseco à teoria da luta de classes, a força do bem a duelar contra o mal, o amigo dos explorados e adversário dos exploradores, o portador único da ética na política e defensor maior da justiça social. Enfim, o ator principal desse conto de fadas marxista que aprendemos desde cedo nas escolas.

Essa imagem foi de tal forma introduzida e consolidada na mentalidade do brasileiro médio (por meio da Revolução Cultural de Gramsci), que lhe é impossível perceber que Luizianne e Ronivaldo, ao renegarem os antigos parceiros de passeatas, tratando-os na base do cacetete e do spray de pimenta, não agem à revelia do PT, e sim confirmam a condição de militantes genuínos da sigla.

Imperativo categórico degenerado
É que para esses agentes, o interesse do Partido é que lhes serve de guia supremo, como uma espécie de imperativo categórico (conceito formulado por Kant) degenerado. Resumindo, a ética, para um verdadeiro militante, não está na causa, nos meios ou nos fins, mas na urgência das demandas do partido. Foi o que quis dizer o ator petista Paulo Betti, quando justificou o mensalão afirmando que para governar era preciso sujar as mãos de merda.

Em 2007, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tão amigo dos pobres e dos trabalhadores, tão defensor da natureza e parceiro dos movimentos sociais, enviou soldados do Exército e policiais federais para desocupar a Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, tomada por manifestantes do MST e Movimento dos Atingidos por Barragens.

Em 2004, durante o governo de Lúcio Alcântara, Nelson Martins (PT) pedia aumento de 30% para os professores. Em 2007, líder do governo Cid Gomes na Assembleia Legislativa do Ceará, defendeu aumento de 3,5%. E por aí vai. A lista de exemplos é imensa.

Método dúbio
Tanto Lula, como Nelson Martins, Luizianne e Ronivaldo, agiram motivados pelo dever de preservar o partido no poder, pouco importam as tais lutas históricas alardeadas em outras ocasiões. O mérito da causa é o que menos importa ao grupo. Da mesma forma, Dilma Rousseff passou a campanha criticando as privatizações e cinco meses depois de eleita anunciou a privatização de aeroportos. Essa postura dúbia não é um acidente isolado, um desvio casual, uma traição individual, mas um método consistente de atuação política. O escritor George Orwell, conhecedor profundo das tramas do stalinismo, chamou essa capacidade camaleônica de “duplipensar”.

Se amanhã, de volta ao papel de opositores, Luizianne e Ronivaldo souberam de uma greve de professores municipais, estarão lá, de braços dados com seus companheiros sindicalistas, esses mesmos que agora os criticam. Todos irão dizer que a culpa pela divergência de agora é da elite, ou dos neoliberais, dos empresários da educação, ou algo que o valha. E se alguém perguntar por qual motivo Luizianne não aumentou os salários dos professores, ela irá dizer que fez mais do que qualquer outro, responsabilizando a imprensa por querer jogar o PT contra os movimentos sociais.

Eles mudam de lado, podem ser a favor de algo hoje e no dia seguinte serem contra, e ainda afirmar que nas duas situações estavam com a razão. Foram treinados para isso.

TEXTO RETIRADO DE:
http://wanfil.wordpress.com/2011/06/20/posicao-do-pt-contra-greve-dos-professores-nao-e-desvio-e-metodo/

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Os temas transversais no ensino da matemática

O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva e a afirmação do princípio da participação política
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS – EAD Unidade Pedagógica: Santíssima Trindade – MACEIÓ/AL Disciplina: Pesquisa Prática Pedagógica I Curso: Matemática Circuito: 1 Equipe: Ademilton Alves Cabral da Silva
Adriana Mendonça da Silva Honorato Wilson Paulino dos Santos Oziel Fernandes Goes Roseilton Porto de Aguiar
Tutor: Felipe Bomfim Data: 04/09/2010
MACEIÓ – AL 2010
O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva e a afirmação do princípio da participação política.
Nessa perspectiva é que foram incorporados como Temas Transversais as questões da Ética, da Pluralidade Cultural, do Meio Ambiente, da Saúde, da Orientação Sexual e do Trabalho e Consumo.
Isso não significa que tenham sido criadas novas áreas ou disciplinas. Os objetivos e conteúdos dos Temas Transversais devem ser incorporados nas áreas já existentes e no trabalho educativo da sala. É essa forma de organizar o trabalho didático que recebeu o nome de transversalidade.
A educação para a cidadania requer que questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos, buscando um tratamento didático que contemple sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais.
a) Urgência social: Indica a preocupação de eleger questões graves, que se apresentam como obstáculos para a concretização da plenitude da cidadania, apontando a dignidade das pessoas e deteriorando sua qualidade de vida. b) Abrangência nacional: A eleição dos temas buscou contemplar questões que, em maior ou maior medida, e mesmo de forma diversas, fossem pertinentes a todo o país. c) Possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino fundamental: Esse critério norteou a escolha de temas ao alcance da aprendizagem nessa etapa da escolaridade. d) Favorecer a compreensão da realidade e a participação social: Que os alunos possam desenvolver a capacidade de posicionar-se diante das questões que interferem na vida coletiva, superar a indiferença e intervir de forma responsável.
A proposta de trabalhar com questões de urgência social numa perspectiva de transversalidade aponta para o compromisso a ser partilhado pelos professores das áreas, uma vez que é o tratamento dado aos conteúdos de todas as áreas que possibilita ao aluno a compreensão de tais questões.
É importante destacar que a perspectiva da transversalidade não pressupõe tratamento simultâneo, e num único período, de um mesmo tema por todas as áreas, mas o que se faz necessário é que esses temas integrem o planejamento dos professores das diferentes áreas, de forma articulada aos objetivos e conteúdos deles.
Falar em formação básica para a cidadania significa refletir as condições humanas de sobrevivência:
 Inserção das pessoas no mundo do trabalho;  Das relações sociais e da cultura;
 Desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante das questões sociais;
Em função do desenvolvimento das tecnologias, umas características contemporâneas marcante no mundo do trabalho exigem-se trabalhadores mais criativos e versáteis, capazes de entender o processo de trabalho como um todo. Parece haver um consenso de que para responder a essas exigências é preciso elevar o nível da educação de toda a população.
Nesse aspecto, a matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a comprovação e justificativa de resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na própria capacidade para enfrentar desafios.
A matemática usufrui de um estatus privilegiado em elação a outras áreas do conhecimento. Muitos acreditam que a matemática é direcionada às pessoas mais talentosas e que esse conhecimento é produzido exclusivamente por grupos sociais ou sociedades mais desenvolvidas. Embora equivocada, essa idéia gera preconceitos e discriminação, reflete no convívio escolar fazendo que acabe atuando como filtro social.
Por outro lado, o ensino da matemática muito pode contribuir para a formação ética, uma vez que direcione a aprendizagem para o desenvolvimento de atitudes.
 Confiança na própria capacidade e na dos outros;
 Construir conhecimentos matemáticos;
 Empenho em participar ativamente das atividades em sala;
 Respeito ao modo de pensar dos colegas;
 Construção de uma visão solidária de relações humanas nas aulas de matemática;
Os conhecimentos matemáticos permitem a construção de um instrumento fundamental para a compreensão e analise das questões relativas à sexualidade numa dimensão macrossocial.
 É possível compreender por meio da análise de dados estatísticos a diferença de remuneração de trabalho de homens e mulheres;
 Do acesso aos cargos de chefia;
 O aumento da incidência da gravidez prematura entre jovens e adolescentes;
 O comportamento das doenças sexualmente transmissíveis;
 Discutir e avaliar a eficiência das políticas públicas para a questão da gravidez na adolescência;
 Medidas estatísticas para compreender, por exemplo, a evolução da AIDS nos diferentes grupos;
 Situar num mesmo patamar papéis desempenhado por homens e mulheres na construção da sociedade contemporânea;
Esse preconceito, na maioria das vezes, é muito sutil e, dificilmente, o professor faz essa discriminação conscientemente.
A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que se evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na constituição e manutenção da vida na Terra.
Em termos de educação, essa perspectiva contribui para evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do ser humano, da participação, coresponsabilidade, solidariedade, equidade.
O estudo detalhado das grandes questões do meio Ambiente (poluição, desmatamento, limites para uso dos recursos naturais, sustentabilidade, desperdício, camada de ozônio, etc) pressupõe que o aluno tenha construído determinados conceitos matemáticos (áreas, volumes, proporcionalidade, etc) e procedimento (coleta, organização, interpretação de dados estatísticos, formulações de hipóteses, realização de cálculos e prática de argumentação).
Desse modo, as possibilidades de trabalhar as questões do Meio Ambiente em Matemática parecem evidentes.
As questões de saúde no Brasil são muito complexas e muitas vezes contraditórias. Há informações de que a média de nossos padrões de saúde é aceitável dentro dos critérios da ABNT.
Por outro lado, existem estatísticas alarmantes quanto aos índices da fome, da subnutrição e da mortalidade infantil em várias regiões do país.
Além de permitir a compreensão de questões sociais relacionadas aos problemas de saúde, as informações e dados estatísticos relacionados a esse tema também favorecem o estabelecimento de comparações e previsões que contribuem para o autoconhecimento, favorecendo o autocuidado.
Os levantamentos de saneamento básico, condições de trabalho, assim como acompanhamento do próprio desenvolvimento físico (peso, musculatura) e o estudo dos elementos que compõem a dieta básica, são alguns exemplos de trabalhos que podem servir de contextos para a aprendizagem de conteúdos matemáticos.
A construção e a utilização de conhecimentos matemáticos não são feitos apenas por matemáticos, cientistas ou engenheiros, mas, de forma diferenciada, por todos os grupos socioculturais, que desenvolvem e utilizam habilidades para contar, localizar, medir, desenhar, representar, jogar e explicar, em função de suas necessidades e interesses.
Valorizar esse saber matemático cultural é aproximá-lo do saber escolar em que o aluno está inserido, é de fundamental importância para o processo de ensino aprendizagem.
Ainda com relação às conexões entre matemática e Pluralidade Cultural, destaca-se no campo de educação matemática brasileira, um trabalho que busque explicar, entender e conviver com procedimentos, técnicas e habilidades matemáticas desenvolvidas no entorno sociocultural de um programa Etnomatemática, com suas propostas para a ação pedagógica.
Uma primeira aproximação entre o tema do Trabalho e a Matemática está em reconhecer que o conhecimento matemático é fruto do trabalho e que as idéias, conceitos e princípios que hoje são reconhecidos como conhecimento científico e fazem parte da cultura universal, surgiram de necessidades e de problemas com os quais os homens depararam ao longo da história e para os quais encontraram soluções brilhantes e engenhosas, graças a sua inteligência, esforço, dedicação e perseverança.
Com relação ao consumismo, é preciso mostrar que um tênis ou uma roupa de marca, um produto alimentício ou aparelho eletrônico, é fruto de um tempo de trabalho.
Inserindo a matemática nesse tema, percebemos que necessitamos da matemática para que possamos compreender bem os aspectos ligados aos direitos do consumidor. Por exemplo, para analisar a composição e a qualidade dos produtos e avaliar seu impacto sobre a saúde e o meio ambiente, ou analisar a razão entre o maior ou menor / maior quantidade.
Habituar-se a analisar essas e outras situações é fundamental para que os alunos possam reconhecer e criar formas de proteção contra a propaganda enganosa.
A matemática vem ao longo dos anos tendo que se adaptar as exigências do mercado, e sendo assim, precisa está inserida as novas tendências que emergem das necessidades sociais e culturais visando capacitar homens e mulheres a atuarem de forma consciente e critica, dando dessa forma, sua contribuição a formação da plena cidadania.
Trazendo uma nova forma de ver a educação atual, os PCN’s trazem os Temas
Transversais como um complemento a inserção dos novos procedimentos educacionais, o que nos remete a uma nova forma de o fazer matemático dentro da sala de aula.
Sendo a escola um ambiente formador e articulador para a cidadania, é importante agrupar os temas ao currículo e a ação do professor, visando com isso um aumento considerável na formação dos jovens.
http://w.microkids.com.br/downloads/pcn/5a8/matematica.pdf Acesso em agosto de 2010.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro081.pdf Acesso em agosto de 2010.
http://w.mec.gov.br/sef/estrut2/pcn/pdf/livro03.pdf Acesso em agosto de 2010.
http://w.mec.gov.br/sef/estrut2/pcn/pdf/matematica.pdf Acesso em agosto de 2010.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/relatorio_internet.pdf Acesso em agosto de 2010.


http://www.ebah.com.br/content/ABAAABVxEAE/os-temas-transversais-no-ensino-matematica

Plano de aula

Matemática
Régua e número decimal
Antonio Rodrigues Neto*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Introdução
A régua é um instrumento bastante conhecido entre os estudantes e pode ser usada para produzir atividades matemáticas que relacionam os conceitos da geometria com a lógica e as técnicas de cálculo do número decimal.

Objetivos

Por meio das regras de cálculo que já foram desenvolvidas em sala de aula, utilizar a régua para explorar o conceito de unidade e de número decimal. Aplicar problemas que relacionem essas regras com os conceitos geométricos necessários para a interpretação de cada problema.
Estratégias
1) Pedir para os alunos observarem a subdivisão da régua. Mostrar essa subdivisão por meio de uma ampliação, utilizando o retroprojetor (a régua se transforma em uma transparência).

2) Identificar os intervalos da régua, que representam o milímetro e o centímetro, mostrando que o milímetro é uma fração do centímetro:



3) Exercitar com os alunos, por meio da divisão, a transformação da fração decimal em número decimal:



4) Pedir para os alunos medirem o comprimento de alguns objetos disponíveis na própria sala de aula, como a borracha, a caneta e o caderno. Qual o comprimento e a largura da folha do caderno? Escrever essas medidas em milímetros e centímetros.

5) Exercitar a transformação do milímetro em centímetro explorando o conceito de fração e de número decimal:



6) Desenhar um retângulo na lousa, indicando o comprimento igual a 7,3 cm e uma largura de 4,8 cm. Pedir para que os alunos calculem o perímetro e a área dessa figura:

P = 7,3 + 4,8 +7,3 + 4,8 = 24,2 cm



7) Pedir para que os alunos meçam, com a régua, o comprimento de suas mãos, dando a resposta em centímetros. Discutir o procedimento e o critério utilizado nesse tipo de medida.

8) Desafiar os alunos a fazerem uma estimativa do tamanho dos seus passos em centímetros. Pedir que cada aluno calcule quantas vezes o tamanho do seu passo é maior que o comprimento da sua mão:



9) Pedir para que os alunos meçam o intervalo das linhas do caderno, dando a resposta em centímetros e em milímetros. Quantas linhas caberiam em um intervalo de 16 cm?

10) Orientar os alunos para que desenhem no caderno, à mão livre, um triângulo. A seguir, devem medir com a régua o comprimento de cada lado. Pedir para que calculem o perímetro dessa figura em cm e mm.

Atividades

1) Utilizando papel cartão, recortar um retângulo com as medidas sugeridas (7,3 cm e 4,8 cm). Medir com a régua a diagonal desse retângulo, dando a resposta em cm e mm.

2) Pesquisar o jogo do tangram e escolher algumas figuras. Reproduzi-las no caderno, à mão livre, medindo, com a régua, os comprimentos dos lados de cada figura, realizando, a seguir, o cálculo do respectivo perímetro.


*Antonio Rodrigues Neto, professor de matemática no ensino fundamental e superior, é mestre em educação pela USP e autor do livro "Geometria e Estética: experiências com o jogo de xadrez" pela Editora da UNESP.


http://educacao.uol.com.br/planos-aula/fundamental/matematica-regua-e-numero-decimal.jhtm

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Para o Ver. Eron, Martônio, como o representante jurídico da administração, teria conduzido os vereadores a realizar a votação supostamemnte ilegal!


Exoneração
O fato inusitado na sessão de ontem, foi a afirmação do vereador Eron Moreira (PV), que no dia do confronto votou a favor do projeto da prefeitura. Segundo o parlamentar, caso o ministério público entre com ação, ele vai disse. Para Eron, Martônio, como o representante jurídico da administração, teria conduzido os vereadores a realizar a votação supostamente de forma ilegal. Além disso, ele reivindicou a demissão da assessoria jurídica do Parlamento, que, para Eron, teria dirigido os vereadores a burlar o regimento.

Procurado pelo O POVO, o procurador, no entanto, afirmou que a Câmara Municipal é um poder independente e representativo da sociedade. “Jamais a PGM (Procuradoria-Geral do Município) conduz qualquer tipo de votação no Poder Legislativo. Menos ainda neste caso. O Executivo envia a mensagem e o Legislativo é independente para discutir, aprovar, modificar ou rejeitar a matéria”, respondeu.
http://www.opovo.com.br/app/opovo/politica/2011/06/15/noticiapoliticajornal,2256497/vereadores-voltam-a-questionar-sessoes.shtml

terça-feira, 14 de junho de 2011

Guerreiros da educação! Lutem até o fim!!!




Nós educadores em greve mostramos a cada dia a força de guerreiros numa batalha desigual, onde a RAINHA usa de todos os seus cavaleiros negros para nos intimidar.Mal sabe ela que do lado de cá há : D'Artagnans,Athos, Porthos e Aramis, pessoas do bem que lutam sem armas de fogo mas com palavras, jovens educadores que abrem mão de salários mais altos para brigar pelo que acreditam, bradam, gritam, esbravejam e soltam tons estridentes capazes de tremer a mais forte muralha.Nessa greve composta de maravilhosas guerreiras o ponto maior é a força e a doçura,mulheres de uma bravura incontestável são capazes de enfrentar sem medo , o ataque dos covardes que atrás de escudos, soltam gases que não matam o corpo mas esmurecem a alma, como uma dor dilacerante de humilhação e escárnio, ao ser que luta por um direito conseguido a duras lutas, mas que hoje é negado sem dó nem piedade!

Que país é esse? Eterno Legião Urbana 1987

Coração de estudante

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Fotos Audiência 13/06/2011 Professores artistas mostram à Prefeita! os GUERREIROS DA EDUCAÇÃO!

Hoje no dia da audiência o CAMBEBA/TJ estava lotava comum número aproximado de 2.000 professores ávidos pelo resultado.Como todos já sabiam , nenhuma proposta da Prefeitura, pelo contrário arrogância e cinismo.Mas fica claro para todos que queremos negociar e ao contrário deles, que por birra e incompetência não querem nada, inclusive mostrar as contas do FUNDEB.Mas a luta continua, a GREVE toma proporções gigantes e nós estaremos sempre na luta.Todos os professores rebatam essas mentiras nas redes sociais, não temam ameaças, se fortaleçam que É AGORA OU NUNCA!
FORÇA GUERREIROS DA EDUCAÇÃO!!!!!!








terça-feira, 7 de junho de 2011

Greve 07/06/11











O PT por quem lutamos não é o mesmo:NOS TRAIU!!



Há anos tenho lutado com todas as minhas forças para defender o meu ex partido de coração e de razão(PT), hoje me vejo apunhalado pelas costas sem nenhuma chance de defesa.Tive no dia de hoje 07/06/2011 uma das maiores decepções da vida, quando vi um grupo de Guardas Municipais jogar spray de pimenta em um grupo de professores, que reivindicavam a luta por uma Lei colocada em voga pelo próprio PT e estava sendo destruída por um dos membros deste vil partido no Ceará, LUIZIANNE LINS.Terrível é admitir que você lutou para colocar no poder um dos partidos mais truculentos que se tem história, partido que aqui no Ceará destruiu a sua história e assim como FHC, rasgou não os livros, mas a alma.Vendeu a própria alma sem nenhum problema e trouxe à população mentira e decepção.Dor essa que eu sinto e que talvez não seja indomável, que se mistura com ódio e é externada sem medo algum.Não posso aceitar um partido que veio das greves,ocupações, enfrentamento com a polícia, partir prá cima de um grupo de trabalhadores que em sua maioria mulheres, não pode se defender.Quem diria, Luizianne Lins a grevista maior, mandar bater sem piedade,quem diria esse tal PT defender uma bandeira e erguer outra.Não sei até quando vou ver essas agruras e malefícios desse partido, mas tenho certeza de uma coisa, não estou disposto a estar do seu lado em mais nenhum momento.Pelo contrário quem me trai não terei dó nem piedade, serei um blogueiro cruel e vou lutar para extirpar esse mal.

PROFESSORES DE FORTALEZA EM GREVE


PROFESSORES DE FORTALEZA EM GREVE - REALIZADA 1ª AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO NO DISSÍDIO AJUIZADO PELA CATEGORIA- NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO CEARÁ

Realizou em 06/06/2011, a audiência de conciliação do Dissídio Jurídico ajuizado pelo SINDIUTE Processo nº 0003408 74 2011 8 06 000. A audiência teve início às 13:30h, conduzida pelo Desembargador Teodoro dos Santos, com a presença das partes (SINDIUTE e Município de Fortaleza) além do Ministério Público Estadual, através da Procuradoria Geral de Justiça.

Enquanto a audiência ocorria, a assembléia aguardava para deliberar o que fosse necessário. A OAB se fez presente através do seu representante o Conselheiro Edmir Martins, que também compareceu à Assembléia
Foram pontuados vários detalhes na audiência, Como o fato do Dissídio ter sido ajuizado pelo SINDIUTE na busca da construção da solução rápida do conflito trabalhista, com a intermediação da Justiça; o fato do direito cobrado ser totalmente previsto em lei e o Município ser o violador; o fato do Município não negociar, nem procurar resolver as pendências; que a greve não é um fim em si mesmo, mas meio de solução do problema... Houve produtivo debate, o Município de Fortaleza mandou apenas os procuradores do Município, quando deveria ter ido também a Prefeita ou a Secretária de Educação do Município. Como também poderiam ter enviado o Secretário de Administração.
Em virtude da votação de mensagem da prefeita à Câmara Municipal de Fortaleza, no dia 07/07/2011, já com 26 emendas, a audiência foi suspensa, por sugestão do Ministério Público, e remarcada para segunda-feira, dia 13/06/2011. A LUTA TEM CADA VEZ MAIS MOMENTOS DECISIVOS E EXIGE A PARTICIPAÇÃO EM MASSA DA CATEGORIA NOS PRÓXIMOS PASSOS.
RESTOU CLARA A POSTURA DE MÁ VONTADE DO MUNICÍPIO EM RESOLVER A QUESTÃO, EM NÃO APRESENTAR PROPOSTA NA PRIMEIRA AUDIÊNCIA, A PETULÂNCIA E A FALTA DE RESPEITO ATÉ MESMO COM O PODER JUDICIÁRIO., VEZ QUE DEVERIA TER COMPARECIDO A PREFEITA, DO CONTRÁRIO, NO MÍNIMO, A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO.
O Desembargador oficiará a prefeitura, no sentido que mande um representante do Poder Executivo, além dos procuradores do Município, para próxima audiência, que será realizada no dia 13/06/2011, às 13:30h, com amplo poder de negociação. TUDO PARA CONSTRUÇÃO DA RÁPIDA E EFICAZ SOLUÇÃO DO CONFLITO TRABALHISTA.
A categoria nunca devendo-se esquecer que a greve foi, continua e será fundamental para construção da solução que se busca e para materialização do Estado Democrático de Direito, que resultará em Justiça Social.

http://valdecyalves.blogspot.com/2011/06/professores-em-greve-realizada-1.html

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Exemplos de plano de aula em matemática

Discutir estratégias para resolver problemas
Bloco de Conteúdo
Números e operações
Conteúdo
Operações com números naturais
Mais sobre Matemática
PLANO DE AULA
• Interpretação de enunciados de problemas
Objetivos
- Reconhecer que há mais de uma possibilidade de resolução para a mesma situação-problema.
- Socializar diferentes estratégias para conhecer e entender outros procedimentos de cálculo.
Anos
2º e 3º anos

Flexibilização
Para alunos com deficiência intelectual
Nem sempre o aluno com deficiência intelectual vai conseguir resolver um mesmo problema com base em diferentes estratégias, mas é importante que ele compartilhe como conseguiu resolver e perceba como os colegas o fizeram. Se ele conseguir encontrar uma forma adequada para resolver problemas do campo aditivo, por exemplo, esse já pode ser um grande avanço. Vale, também, relacionar os problemas com assuntos cotidianos, que façam parte do dia a dia da criança. Utilizar recursos visuais, como as figurinhas do álbum citado nesta atividade, contribui para que o aluno consiga compreender as estratégias que podem ser utilizadas. Amplie o tempo de realização das atividades, antecipe as etapas para o aluno sempre que possível e conte com a ajuda dos responsáveis pelo AEE.
Desenvolvimento
Divida a turma em duplas e apresente o problema: "Paulo tinha 47 figurinhas em seu álbum. Ontem, colou 12. Quantas figurinhas Paulo tem?" Cada dupla deve discutir as possibilidades de resolução que serão utilizadas. Circule pela sala e verifique os procedimentos empregados. Nesse momento, não intervenha ou dê pistas sobre como resolver. Caso a turma apresente dificuldades, intervenha perguntando: o que aconteceu com as figurinhas? Peça que registrem seu pensamento. Isso facilita a organização das ideias e permite que cada um tenha mais clareza do que é solicitado. Proponha que as crianças que usaram diferentes procedimentos troquem de duplas e expliquem para o colega como resolveram. Incentive-as a comparar as estratégias, e não apenas o resultado final. Peça que três alunos expliquem os procedimentos utilizados para o restante da classe (o ideal é que pelo menos um utilize a contagem). Por exemplo: o que contou se perdeu e chegou a 51. O segundo contou 12 vezes a partir do 47 e chegou a 58. O último apresentou a seguinte resolução 10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 7 + 2 = 59. Questione: qual foi o caminho utilizado? Por que você resolveu assim? Outros estudantes que fizeram da mesma forma podem ajudar a explicar. Proponha uma reflexão sobre os resultados obtidos com base no uso da contagem e da decomposição. Pergunte: os cálculos para esse problema estão certos? Em qual deles é menor a margem de erro? Por quê? Peça que eles registrem o raciocínio utilizado.

Avaliação
Analise os registros feitos por cada aluno e se eles avançaram em relação aos procedimentos utilizados. Observe também a participação nas situações de discussão, registrando as opiniões.









Interpretação de enunciados de problemas
Bloco de Conteúdo
Números e operações
Conteúdo
Operações com números naturais
Mais sobre Matemática
PLANO DE AULA
• Discutir estratégias para resolver problemas
Objetivo
Interpretar os enunciados dos problemas.
Anos
2º e 3º anos
Flexibilização
Para alunos com deficiência intelectual
Alunos com deficiência intelectual podem aprender a resolver problemas de adição e de subtração. Procure explorar situações do cotidiano da criança e repita a atividade diversas vezes para facilitar a compreensão. Antecipe as atividades para o aluno e amplie o tempo de realização das etapas para que esta criança proponha uma solução e compartilhe-a com os colegas. Proponha atividades que possam ser realizadas em casa e conte, também, com a ajuda do AEE.

Desenvolvimento
Organize as crianças em duplas e apresente a situação-problema: "Mamãe foi ao mercado e na sacola trouxe: 12 laranjas, 3 litros de leite, 1 pão de fôrma, 4 maçãs, 1 penca com 8 bananas e 2 caixas de suco de uva. Quantas frutas ela comprou?" Solicite que um aluno explique para o outro quais informações devem ser selecionadas para resolver a questão, relatando qual caminho usou para resolvê-lo. As duplas terão de chegar a um consenso sobre a estratégia escolhida. Solicite que algumas duplas apresentem os procedimentos utilizados e justifiquem. Pergunte: quem pode ler o problema novamente? Há alguma palavra nova ou desconhecida? Do que ele trata? Qual é a pergunta? O que se quer saber? Retome a leitura do enunciado quantas vezes forem necessárias e peça que grifem informações que serão utilizadas. Em seguida, peça que façam os cálculos.

Avaliação
Valide os resultados e pergunte: por que as repostas dos cálculos foram diferentes? O que precisamos fazer para resolver problemas parecidos como esse? As conclusões devem ser registradas no quadro, como quais informações selecionar e quais não são necessárias. Intervenha caso as respostas fujam do esperado.
Consultoria: Gabriela Maia Fischer
Professora da EM Prefeito Wittich Freitag, em Joinville, SC.

domingo, 5 de junho de 2011

O povo até aceita os que mentem,mas não admite os que traem!!!



Infelizmente depois de 22 anos de luta por esse partido "PT" não vejo agora diferença em relação a essa direita, visto que se alia com tudo e com todos, não tem oposição, o que é um mal, pois lhe dá um poder descomunal e o pior, vota em diversos momentos a favor dos patrões e contra os trabalhadores.PT é um partido que é grevista por essência, mas reprime as greves.Lutou sempre para chegar ao poder em nome do povo, agora os bancos tem em seu governo a maior base de lucro.Era o verdadeiro partido dos trabalhadores agora infelizmente parece o partido dos empregadores.É verdade que muitos saíram da miséria, louvo o ETERNO LULA por isso, mas retorna ao primeiro escalão esse tal de Palocci, que não consegue nem explicar seus atos!Com muita dor falo isso mas vejo na terra que vivo Fortaleza um exemplo cruel do que se tornou o PT, e vejo a possibilidade mais terrível ainda da volta do PSDB. Esse sim partido dos patrões por essência e de fato, que não esconde o que é, e que pode para nossa infelicidade retornar ao poder, afinal o povo até aceita os que mentem não admite os que traem!!!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

ENSINO DA MATEMÁTICA E AS NOVAS TECNOLOGIAS.



" O que está acontecendo não é apenas uma revolução tecnológica, mas sim, a vinda de uma civilização inteiramente nova no mais completo sentido desse termo". Alvin Toffler

2.1 Introdução.

A respeito do ensino da matemática é necessário entender o processo pelo qual está inserido. Matemática é uma atividade social como qualquer outra, ela é responsável pela tarefa de crescimento e desenvolvimento dos inúmeros problemas e soluções no nosso cotidiano. Abrange uma vasta área de cultura humana há cerca de 4 mil anos (Gehringer & London, 2000). Portanto, é importante não apenas como base da nossa história, mas também tem seu papel ampliado a cada dia que passa.

Matemática: palavra de origem grega que significa "aquilo que se pode aprender" (Gehringer e London, 2000). Não é fácil dar uma idéia do que vem a ser matemática, e nos dicionários as definições são bastante diversas, por exemplo, Fronteira (1986) afirma que a matemática é uma ciência que investiga relações entre identidades definidas abstrata e logicamente. Uma possibilidade é considerá-la como a ciência que estuda quantidades e formas. Pode-se acrescentar que ela é uma linguagem, isto é, uma maneira de representar e falar ou escrever sobre quantidades e formas. A matemática tem vários ramos ou divisões, sendo as principais: História e Filosofia, Álgebra, Teoria dos Números, Probabilidades, Séries, Cálculo Diferencial e Integral, Teoria das Funções, Geometria Analítica, Geometria Sintética, Mecânica, Física Matemática, Geodésia e Astronomia; sendo aproximada - mente 3.400 subcategorias. Portanto com o uso dos recursos tecnológicos navegar pelo universo matemático torna-se mais interessante e cativante.

2.2 A tecnologia na vida e na escola.

A incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. A simples presença de novas tecnologias na escola não é, por si só, garantia de maior qualidade na educação, pois a aparente modernidade pode mascarar um ensino tradicional baseado na recepção e memorização de informações.

Se entendermos a escola como um local de construção do conhecimento e de socialização do saber, como um ambiente de discussão, troca de experiências e de elaboração de uma nova sociedade, é fundamental que a utilização de recursos tecnológicos seja amplamente discutida e elaborada conjuntamente com a comunidade escolar, ou seja, que não fique restrita às decisões e recomendações de outros. Tanto no Brasil como em outros países, a maioria das experiências com o uso de tecnologias informacionais na escola estão apoiadas em uma concepção tradicional de ensino e aprendizagem. Esse fato deve alertar para a importância da reflexão sobre qual é a educação que queremos oferecer aos nossos alunos, para que a incorporação da tecnologia não seja apenas o "antigo" travestido de "moderno".

2.3 Potencialidades educacionais dos meios eletrônicos.

Algumas tecnologias informacionais, como livros, jornais e revistas, já fazem parte da escola há muito tempo. Mas para a grande maioria das escolas brasileiras os meios eletrônicos de comunicação e informação ainda constituem-se como "novidades", embora socialmente sejam instrumentos bastante conhecidos e utilizados (exceção feita ao computador, que nem toda a classe social ainda tem acesso).

Mesmo existindo experiências significativas no desenvolvimento de projetos com tecnologia educacional em vários estados brasileiros, a potencialidade desses recursos ainda não é reconhecida pela comunidade educacional de educadores. São muitos os fatores que contribuem para isso, entre os quais destacam:se pouco conhecimento e domínio, por parte dos professores, para utilizar os recursos tecnológicos na criação de ambientes de aprendizagem significativa; insuficiência de recursos financeiros para manutenção, atualização de equipamentos e para capacitação dos professores, e até ausência de equipamentos em muitas escola, e a falta de condições para utilização dos equipamentos disponíveis devido a precariedade das instalações em outras.

Essa é uma realidade que precisa mudar em curto espaço de tempo, em virtude da necessidade da escola acompanhar os processos de transformação da sociedade, atendendo às novas demandas. É premente que se instaure o debate, a implantação de políticas e estratégias para o desenvolvimento e disseminação de propostas de trabalho inovadoras utilizando os meios eletrônicos de informação e comunicação, já que eles possuem um enorme potencial educativo para complementar e aperfeiçoar o processo de ensino aprendizagem.

2.4 A calculadora.

A calculadora é um importante instrumento da vida cotidiana. Hoje em dia, as máquinas de calcular se tornaram tão populares que as encontramos em todos os lugares, nas mãos de crianças, jovens e adultos.

Todas as pessoas que tem um mínimo de contato com elas, conhecem os procedimentos básicos para realizar operações simples. No entanto, poucas sabem utilizar todas as potencialidades que a máquina oferece, por mais simples que sejam. Por exemplo, utilizar os recursos de memória e até mesmo operar com porcentagens. A escola pode possibilitar o desenvolvimento dessas habilidades básicas.

A calculadora pode ser utilizada também como instrumento de aprendizagem, ou seja, um recurso para potencializar a aprendizagem de conteúdos matemáticos, na medida em que favorece a busca e percepção de regularidades, o desenvolvimento de estratégias para resolução de situações-problemas (pois temporariamente permite pensar apenas nas operações sem preocupar-se com os cálculos), e o papel da revisão na matemática.

O uso de máquinas de calcular, na escola, deve ser mediado pelos professores. Os alunos devem ser orientados para utilizá-las em determinadas situações com a supervisão do professor. Por isso, não substitui o cálculo mental e escrito, já que eles estarão presentes em muitas outras situações.

A máquina de calcular foi criada para substituir o cálculo escrito, muitas vezes demorado, trabalhoso e passível de erro. Mas não substitui o cálculo mental, pois seu uso habitual implica uma série de operações mentais para realizar cálculos complexos.

2.5 A informática.

Para que seja possível desenvolver um trabalho usando a informática no processo educativo, devemos acreditar na sua importância para que a aprendizagem se torne clara e eficaz, principalmente se destacarmos o ensino da matemática usando o computador como ferramenta lúdica e favorável à aprendizagem do aluno.

Segundo Carraher (1992) o desenvolvimento dos conceitos matemáticos envolve símbolos e representações simbólicas que precisam ser estabelecidos através de atividades intelectuais durante longo período de tempo em diversas situações. O conhecimento de tal aprendizagem começará a ficar prazeroso e gratificante quando houver certa familiaridade com seus símbolos e representações, e for adquirida tornando assim possível lidar com tais conceitos no universo matemático. Porém, é necessário que os professores fiquem atentos a alguns softwares comerciais que se preocupam apenas em reproduzir métodos tradicionais de ensaio e erro, de representação ou instrução programada (Carraher, 1992, Valente, 1996). Ainda sobre o software de matemática, Carraher defende que tais softwares devem permitir que os alunos manipulem objetos na tela e a partir de reflexões elaborem hipóteses sobre o que está acontecendo. O software de matemática deve ter como base, teorias que lidam com o conhecimento matemático e trabalhem a mediação por parte do professor, pois não se pode esperar que conhecimentos formais sejam complementarmente reinventados pelos alunos (Carraher, 1992).

http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/a-importancia-da-utilizacao-dos-recursos-tecnologicos-no-ensino-das-ciencias-exatas-sob-a-otica-de-uma-evolucao-positiva-3916735.html

Programa Etnomatemática (por Ubiratan D’Ambrosio)



Posted julho 25, 2008 by ronicley araujo in Recomendados - Etnomatemática. Deixe um comentário
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O Programa Etnomatemática
O Programa Etnomatemática teve sua origem na busca de entender o fazer e o saber matemático de culturas marginalizadas. Intrínseco a ele há uma proposta historiográfica que remete à dinâmica da evolução de fazeres e saberes que resultam da exposição mútua de culturas. Em todos os tempos, a cultura do conquistador e do colonizador evolui a partir da dinâmica do encontro. Mesmo livros elementares reconheceram, muito antes do polêmico afro-centrismo, que
“[A ciência helênica] teve seu nascimento na terra dos Faraós de onde os filósofos, que ali iam se instruir com os sacerdotes egípcios, trouxeram os princípios elementares.” [7]
O encontro cultural assim reconhecido, que é essencial na evolução do conhecimento, não estava subordinado a prioridades coloniais como aquelas que estabeleceram posteriormente.
O Programa Etnomatemática não se esgota no entender o conhecimento [saber e fazer] matemático das culturas periféricas. Procura entender o ciclo da geração, organização intelectual, organização social e difusão desse conhecimento. Naturalmente, no encontro de culturas há uma importante dinâmica de adaptação e reformulação acompanhando todo esse ciclo, inclusive a dinâmica cultural de encontros [de indivíduos e de grupos]. [8]
Por que Etnomatemática? Poderíamos falar em Etnociência, um campo muito intenso e fértil de estudos, ou mesmo Etnofilosofia. [9]
A melhor explicação para adotar o Programa Etnomatemática como central para um enfoque mais abrangente aos estudos de história e filosofia está na própria construção do termo. Embora haja uma vertente da etnomatemática que busca identificar manifestações matemáticas nas culturas periféricas tomando como referência a matemática ocidental, o Programa Etnomatemática tem como referências categorias próprias de cada cultura, reconhecendo que é próprio da espécie humana a satisfação de pulsões de sobrevivência e transcendência, absolutamente integrados, como numa relação de simbiose.
A satisfação da pulsão integrada de sobrevivência e transcendência leva o ser humano a desenvolver modos, maneiras, estilos de explicar, de entender e aprender, e de lidar com a realidade perceptível. Um abuso etimológico levou-me a utilizar, respectivamente, tica [de techné], matema e etno para essas ações e compor a palavra etno-matema-tica.
O pensamento abstrato, próprio de cada indivíduo, é uma elaboração de representações da realidade e é compartilhado graças à comunicação, dando origem ao que chamamos cultura. Os instrumentos [materiais e intelectuais] essenciais para essa elaboração incluem, dentre outros, sistemas de quantificação, comparação, classificação, ordenação e linguagem. O Programa Etnomatemática tem como objetivo entender o ciclo do conhecimento em distintos ambientes.
A exposição acima sintetiza a motivação teórica que serve de base a um programa de pesquisa sobre a geração, organização intelectual, organização social e difusão do conhecimento. Na linguagem acadêmica, poder-se-ia dizer que se trata de um programa interdisciplinar, abarcando o que constitui o domínio das chamadas ciências da cognição, da epistemologia, da história, da sociologia e da difusão.
Metodologicamente, esse programa reconhece que na sua aventura enquanto espécie planetária, o homem (espécie homo sapiens sapiens), bem como as demais espécies que a precederam, os vários hominídeos reconhecidos desde há 4.5 milhões de anos antes do presente, tem seu comportamento alimentado pela aquisição de conhecimento, de fazer(es) e de saber(es) que lhes permitem sobreviver e transcender através de maneiras, de modos, de técnicas ou mesmo de artes [techné ou tica] de explicar, de conhecer, de entender, de lidar com, de conviver com [matema] a realidade natural e sociocultural [etno] na qual ele, homem, está inserido. Ao utilizar, num verdadeiro abuso etimológico, as raízes tica, matema e etno, dei origem à minha conceituação de etnomatemática.
Naturalmente, em todas as culturas e em todos os tempos, o conhecimento, que é gerado pela necessidade de uma resposta a problemas e situações distintas, está subordinado a um contexto natural, social e cultural.
Indivíduos e povos têm, ao longo de suas existências e ao longo da história, criado e desenvolvido técnicas de reflexão, de observação, e habilidades (artes, técnicas, techné, ticas) para explicar, entender, conhecer, aprender para saber e fazer como resposta a necessidades de sobrevivência e de transcendência (matema), em ambientes naturais, sociais e culturais (etnos) os mais diversos. Desenvolveu, simultaneamente, os instrumentos teóricos associados a essas técnicas e habilidades. Daí chamarmos o exposto acima de Programa Etnomatemática.
O nome sugere o corpus de conhecimento reconhecido academicamente como Matemática. De fato, em todas as culturas encontramos manifestações relacionadas e mesmo identificadas com o que hoje se chama Matemática (processos de organização, classificação, contagem, medição, inferência), geralmente mescladas ou dificilmente distinguíveis de outras formas, hoje identificadas como Arte, Religião, Música, Técnicas, Ciências. Em todos os tempos e em todas as culturas, Matemática, Artes, Religião, Música, Técnicas, Ciências foram desenvolvidas com a finalidade de explicar, de conhecer, de aprender, de saber/fazer e de predizer (artes divinatórias) o futuro. Todas, que aparecem, num primeiro estágio da história da humanidade e da vida de cada um de nós, são indistinguíveis, na verdade mescladas, como formas de conhecimento.
O Programa Etnomatemática e a educação atual
Estamos vivendo um período em que os meios de captar informação e o processamento da informação de cada indivíduo encontram nas comunicações e na informática instrumentos auxiliares de alcance inimaginável em outros tempos. A interação entre indivíduos também encontra, na teleinformática, um grande potencial, ainda difícil de se aquilatar, de gerar ações comuns. Nota-se em alguns casos o predomínio de uma forma sobre outra, algumas vezes a substituição de uma forma por outra e mesmo a supressão e a eliminação total de alguma forma, mas na maioria dos casos o resultado é a geração de novas formas culturais, identificadas com a modernidade. Ainda dominadas pelas tensões emocionais, as relações entre indivíduos de uma mesma cultura (intraculturais) e, sobretudo, as relações entre indivíduos de culturas distintas (interculturais) representam o potencial criativo da espécie. Assim como a biodiversidade representa o caminho para o surgimento de novas espécies, na diversidade cultural reside o potencial criativo da humanidade. As conseqüências dessas mudanças na formação de novas gerações exige reconceituar a educação. [10]
A pluralidade dos meios de comunicação de massa, facilitada pelos transportes, levou as relações interculturais a dimensões verdadeiramente planetárias. Inicia-se assim uma nova era, que abre enormes possibilidades de comportamento e de conhecimento planetários, com resultados sem precedentes para o entendimento e harmonia de toda a humanidade.
Tem havido o reconhecimento da importância das relações interculturais. Mas lamentavelmente ainda há relutância no reconhecimento das relações intraculturais na educação. Ainda se insiste em colocar crianças em séries de acordo com idade, em oferecer o mesmo currículo numa mesma série, chegando ao absurdo de se propor currículos nacionais. E ainda maior absurdo de se avaliar grupos de indivíduos com testes padronizados. Trata-se efetivamente de uma tentativa de pasteurizar as novas gerações!
Não se pretende a homogeneização biológica ou cultural da espécie, mas sim a convivência harmoniosa dos diferentes, através de uma ética de respeito mútuo, solidariedade e cooperação.
Naturalmente, sempre existiram maneiras diferentes de explicar e de entender, de lidar e conviver com a realidade. Agora, graças aos novos meios de comunicação e transporte, essas diferenças serão notadas com maior evidência, criando a necessidade de um comportamento que transcenda mesmo as novas formas culturais. Eventualmente, o tão desejado livre arbítrio, próprio de ser [verbo] humano, poderá se manifestar num modelo de transculturalidade que permitirá que cada ser [substantivo] humano atinja a sua plenitude.
Um modelo adequado para se facilitar esse novo estágio na evolução da nossa espécie é a chamada Educação Multicultural, que vem se impondo nos sistemas educacionais de todo o mundo.
Sabemos que no momento há mais de 200 estados e aproximadamente 6.000 nações indígenas no mundo, com uma população totalizando entre 10%-15% da população total do mundo. Embora não seja o meu objetivo discutir Educação Indígena, os aportes de especialistas na área têm sido muito importantes para se alertar sobre os perigos de uma educação que se torne um instrumento de reforço dos mecanismos de exclusão social.
Dentre os vários questionamentos que levam à preservação de identidades nacionais, muitas se referem ao conceito de conhecimento e às práticas associadas a ele. Talvez a mais importante a se destacar seja a percepção de uma dicotomia entre saber e fazer, própria dos paradigmas da ciência moderna iniciada por Galileu, Descartes, Newton e outros, e que prevalece no mundo chamado “civilizado”.
A ciência moderna surgiu, praticamente, ao mesmo tempo em que se deram as grandes navegações, que resultaram na conquista e na colonização, e na imposição do cristianismo a todo o planeta. A ciência moderna, originada das culturas mediterrâneas e substrato da eficiente e fascinante tecnologia moderna, foi logo identificada como protótipo de uma forma de conhecimento racional. Definiram-se, assim, a partir das nações centrais, conceituações estruturadas e a dicotômicas do saber [conhecimento] e do fazer [habilidades].
Fonte: Trecho sobre O programa Etnomatemático. Texto:
O programa etnomatemática:
história, metodologia e pedagogia
por Ubiratan D’Ambrosio
http://vello.sites.uol.com.br/program.htm

http://educaetnomatematica.wordpress.com/2008/07/25/o-programa-etnomatematica-por-ubiratan-dambrosio/

História da matemática

INTRODUÇÃO

O que se pretende discutir é a importância, a função, a necessidade da matemática na nossa vida.

Como surgiram os números? A matemática que conhecemos hoje, o cálculo, a álgebra, de algum lugar, em alguma época surgiram.

Não se pode datar o exato aparecimento da matemática, mas sabe-se que suas noções básicas são a escrita pois, a linguagem de sinais é bem mais fácil de ser concretizada do que a construção de frases bem moduladas que expressem idéias.

O que demandou no homem a necessidade de se expressar matematicamente?

A necessidade prática ou a pura abstração?

Alguns estudiosos defendem que a matemática teria surgido de necessidades práticas urgentes do homem, como a demarcação de áreas, o levantamento de seu rebanho, partindo para a valoração de objetos (dinheiro). Outros já definiam que a matemática teria surgido do lazer de uma classe de sacerdotes ou de rituais religiosos.

O fato é que a matemática é presente em nosso dia a dia de tal forma que não podemos, não devemos e, certamente, não queremos nos distanciar dela.

As funções mais rotineiras de nossa vida têm sido realizadas por computadores: desde uma conta, até o controle de nosso dinheiro no banco, nosso pagamento de salário, e muitas outras atividades são controladas por máquinas que são por sua vez, apoiadas na matemática.

Existe uma tendência cada vez mais crescente da "matematização do mundo". Parece mesmo ser de senso comum que todo e qualquer problema cotidiano possa ser equacionado. Ou seja, será que tudo na nossa vida pode ser expresso como ax + by = c ou outra equação ou inequação qualquer?

E, voltando ao assunto, de onde vêm os a, b, c, x e y ? Quem os inventou e porque?

Os documentos históricos encontrados pela arqueologia que fornecem um pouco de informação a respeito das origens da matemática começam com os egípcios.



Costumava-se definir a matemática como a ciência do número e grandeza. Isso já não é válido pois certamente a matemática é muito mais do que números e grandezas. Hoje a matemática que conhecemos é intelectualmente sofisticada.

Mas desde os primeiros tempos da raça humana, os conceitos de número, grandeza e forma ocupam a mente e formam a base do raciocínio matemático. Originalmente, a matemática preocupava-se com o mundo que nos é perceptível aos olhos, como parte da vida cotidiana do homem. Pode-se inclusive tentar relacionar a persistência da raça humana no mundo com o desenvolvimento matemático, se assumirmos válido o princípio da "sobrevivência do mais apto".

No princípio, as relações de grandeza estavam relacionadas mais com contrastes do que com semelhanças - a diferença entre um animal e outro, os diferentes tamanhos de um peixe, a forma redonda da lua e a retilínea de um pinheiro.

Acredita-se que o conjunto dessas informações imprecisas deve ter dado origem a pensamentos de analogias, e aí começa a nascer a matemática.

A percepção das duas mãos, das duas orelhas, narinas, propriedade abstrata que chamamos número, foi um grande passo no caminho da matemática moderna.

A probabilidade de que isso tenha surgido de um só indivíduo é pouca. É mais provável que tenha surgido de um processo gradual e que pode datar de 300.000 anos, tanto quanto o descobrimento do fogo.

O desenvolvimento gradual do conceito de número pode ser rastreado em algumas línguas, o grego inclusive, que conservaram na sua gramática uma distinção entre um e dois e mais de dois.

Os antepassados só contavam até dois. Qualquer quantidade maior que isso era dito como muitos. Resquícios desse comportamento é visível em alguns povos primitivos que ainda contam de dois em dois.

Finalmente surgiu a necessidade de expressar os números através de sinais. Os dedos das mãos e dos pés forneciam uma alternativa para indicar um número até 20. Como complemento podia-se usar pedras. Começando a noção de relação de conjuntos: aquilo que se deseja contar, com aquilo que serve de unidade.

O sistema decimal que hoje utilizamos é, segundo Arquimedes, apenas um incidente anatômico pois baseia-se no número de dedos das mãos e pés.

Como pedras são efêmeras para se registrar números, o homem pré-histórico utilizava, às vezes, marcas ou riscos num bastão ou pedaço de osso.

Peças arqueológicas são uma importante fonte de informação sobre o desenvolvimento das noções de números e indicam que essas idéias são mais antigas que os processos tecnológicos como o uso de metais ou de veículos com rodas.

Existem indicadores na língua a respeito das idéias do homem sobre número, como no caso do número onze e doze. Eleven significava originalmente um a mais e twelve, dois a mais, ficando clara a adoção do sistema decimal.

Mais tarde, gradativamente, foram surgindo palavras que exprimiam idéias numéricas. Sinais para números provavelmente precederam as palavras para números (é mais fácil fazer incisões num bastão do que estabelecer uma frase para identificar um número).

A tendência da linguagem de se desenvolver do concreto para o abstrato pode ser percebida em muitas das medidas de comprimento em uso atualmente: a altura de um cavalo é medida em palmos e as palavras pé e ell (cotovelo) também derivaram de partes do corpo.

Ainda não é possível fazer afirmações a respeito da idade da matemática, tanto aritmética quanto geométrica. Heródo e Aristóteles apresentaram suas teorias. O primeiro sugerindo que a geometria se originou no Egito, devido à necessidade pratica de se fazer medidas de terra a cada inundação causada pela cheia do Nilo. Já Aristóteles sugeriu que a geometria teria surgido de uma classe de sacerdotes do Egito, como lazer.

O certo é que o homem neolítico já possuía noções que deram inicio à geometria, o que pode ser evidenciado pelas peças arqueológicas descobertas com desenhos geométricos, com relações de congruência e simetria.

De fato o que parece evidente é que a matemática tenha surgido muito antes das primeiras civilizações e é desnecessário e sujeito a erros grotescos, tentarmos datar ou dar um motivo específico para o surgimento de cada fase. A geometria pode ter se desenvolvido da necessidade de demarcação de espaços, do gosto por formas precisas, de rituais primitivos, ou seja, vários seriam os caminhos para levar ao início dessa habilidade do homem.

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-da-matematica/historia-da-matematica-1.php

História da matemática



INTRODUÇÃO

O que se pretende discutir é a importância, a função, a necessidade da matemática na nossa vida.

Como surgiram os números? A matemática que conhecemos hoje, o cálculo, a álgebra, de algum lugar, em alguma época surgiram.

Não se pode datar o exato aparecimento da matemática, mas sabe-se que suas noções básicas são a escrita pois, a linguagem de sinais é bem mais fácil de ser concretizada do que a construção de frases bem moduladas que expressem idéias.

O que demandou no homem a necessidade de se expressar matematicamente?

A necessidade prática ou a pura abstração?

Alguns estudiosos defendem que a matemática teria surgido de necessidades práticas urgentes do homem, como a demarcação de áreas, o levantamento de seu rebanho, partindo para a valoração de objetos (dinheiro). Outros já definiam que a matemática teria surgido do lazer de uma classe de sacerdotes ou de rituais religiosos.

O fato é que a matemática é presente em nosso dia a dia de tal forma que não podemos, não devemos e, certamente, não queremos nos distanciar dela.

As funções mais rotineiras de nossa vida têm sido realizadas por computadores: desde uma conta, até o controle de nosso dinheiro no banco, nosso pagamento de salário, e muitas outras atividades são controladas por máquinas que são por sua vez, apoiadas na matemática.

Existe uma tendência cada vez mais crescente da "matematização do mundo". Parece mesmo ser de senso comum que todo e qualquer problema cotidiano possa ser equacionado. Ou seja, será que tudo na nossa vida pode ser expresso como ax + by = c ou outra equação ou inequação qualquer?

E, voltando ao assunto, de onde vêm os a, b, c, x e y ? Quem os inventou e porque?

Os documentos históricos encontrados pela arqueologia que fornecem um pouco de informação a respeito das origens da matemática começam com os egípcios.



Costumava-se definir a matemática como a ciência do número e grandeza. Isso já não é válido pois certamente a matemática é muito mais do que números e grandezas. Hoje a matemática que conhecemos é intelectualmente sofisticada.

Mas desde os primeiros tempos da raça humana, os conceitos de número, grandeza e forma ocupam a mente e formam a base do raciocínio matemático. Originalmente, a matemática preocupava-se com o mundo que nos é perceptível aos olhos, como parte da vida cotidiana do homem. Pode-se inclusive tentar relacionar a persistência da raça humana no mundo com o desenvolvimento matemático, se assumirmos válido o princípio da "sobrevivência do mais apto".

No princípio, as relações de grandeza estavam relacionadas mais com contrastes do que com semelhanças - a diferença entre um animal e outro, os diferentes tamanhos de um peixe, a forma redonda da lua e a retilínea de um pinheiro.

Acredita-se que o conjunto dessas informações imprecisas deve ter dado origem a pensamentos de analogias, e aí começa a nascer a matemática.

A percepção das duas mãos, das duas orelhas, narinas, propriedade abstrata que chamamos número, foi um grande passo no caminho da matemática moderna.

A probabilidade de que isso tenha surgido de um só indivíduo é pouca. É mais provável que tenha surgido de um processo gradual e que pode datar de 300.000 anos, tanto quanto o descobrimento do fogo.

O desenvolvimento gradual do conceito de número pode ser rastreado em algumas línguas, o grego inclusive, que conservaram na sua gramática uma distinção entre um e dois e mais de dois.

Os antepassados só contavam até dois. Qualquer quantidade maior que isso era dito como muitos. Resquícios desse comportamento é visível em alguns povos primitivos que ainda contam de dois em dois.

Finalmente surgiu a necessidade de expressar os números através de sinais. Os dedos das mãos e dos pés forneciam uma alternativa para indicar um número até 20. Como complemento podia-se usar pedras. Começando a noção de relação de conjuntos: aquilo que se deseja contar, com aquilo que serve de unidade.

O sistema decimal que hoje utilizamos é, segundo Arquimedes, apenas um incidente anatômico pois baseia-se no número de dedos das mãos e pés.

Como pedras são efêmeras para se registrar números, o homem pré-histórico utilizava, às vezes, marcas ou riscos num bastão ou pedaço de osso.

Peças arqueológicas são uma importante fonte de informação sobre o desenvolvimento das noções de números e indicam que essas idéias são mais antigas que os processos tecnológicos como o uso de metais ou de veículos com rodas.

Existem indicadores na língua a respeito das idéias do homem sobre número, como no caso do número onze e doze. Eleven significava originalmente um a mais e twelve, dois a mais, ficando clara a adoção do sistema decimal.

Mais tarde, gradativamente, foram surgindo palavras que exprimiam idéias numéricas. Sinais para números provavelmente precederam as palavras para números (é mais fácil fazer incisões num bastão do que estabelecer uma frase para identificar um número).

A tendência da linguagem de se desenvolver do concreto para o abstrato pode ser percebida em muitas das medidas de comprimento em uso atualmente: a altura de um cavalo é medida em palmos e as palavras pé e ell (cotovelo) também derivaram de partes do corpo.

Ainda não é possível fazer afirmações a respeito da idade da matemática, tanto aritmética quanto geométrica. Heródo e Aristóteles apresentaram suas teorias. O primeiro sugerindo que a geometria se originou no Egito, devido à necessidade pratica de se fazer medidas de terra a cada inundação causada pela cheia do Nilo. Já Aristóteles sugeriu que a geometria teria surgido de uma classe de sacerdotes do Egito, como lazer.

O certo é que o homem neolítico já possuía noções que deram inicio à geometria, o que pode ser evidenciado pelas peças arqueológicas descobertas com desenhos geométricos, com relações de congruência e simetria.

De fato o que parece evidente é que a matemática tenha surgido muito antes das primeiras civilizações e é desnecessário e sujeito a erros grotescos, tentarmos datar ou dar um motivo específico para o surgimento de cada fase. A geometria pode ter se desenvolvido da necessidade de demarcação de espaços, do gosto por formas precisas, de rituais primitivos, ou seja, vários seriam os caminhos para levar ao início dessa habilidade do homem.

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-da-matematica/historia-da-matematica-1.php