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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dilma assume educação com primeira prioridade

segunda-feira, 19 abril, 2010 às 16:55
Fique muito feliz hoje quando Dilma Rousseff, no lançamento do seu blog, ao destacar a educação como sua principal prioridade. Quando foi perguntada sobre que setor ela indicaria se só se tivesse a oportunidade de eleger um como prioridade, não hesitou. Disse que a educação é pré-condição para que o país rompa o círculo de desigualdade que o caracteriza. “Educação é tratar a desigualdade na raiz”, afirmou.
É isso aí, ministra. Foi o que lhe pedi, ontem, no post que publiquei. O Brasil precisa mesmo de uma grande política educacional que garanta igualdade de oportunidade para todos. Só com educação de qualidade, do ensino fundamental ao universitário, nos tornaremos um grande país.
Também foi muito bom Dilma ter abordado a importância da universalização da banda larga nesse processo de transformação do país. Mas é preciso estar atenta para manter o controle estratégico das telecomunicações pelo poder público para garantir o cumprimento da oferta de serviços e preços acessíveis a todos os brasileiros.
Dilma estreou com o pé direito o seu blog, que pretende explorar como possibilidade de democracia direta, como a da Grécia antiga, só que com uma praça bem mais ampla como a blogosfera. Mas cuidado, Ministra, as aves de rapina atucanadas estão de olho, esperando qualquer coisa que possa ser usada contra a candidatura do povo brasileiro.

sábado, 3 de abril de 2010

DILMA: EMPATE TÉCNICO O DATA FOLHA MENTE...

Se você não concorda com o postulado acima, leitor, não reclame comigo, mas com o âncora do Jornal da Band Bóris Casoy. Ele o proferiu depois de o telejornal apresentar gráficos que mostram que Dilma Rousseff , que aparece com 31% no Vox Populi, está tecnicamente empatada com José Serra, que manteve os 34% de janeiro.

De fato, para o anti-Lula Bóris Casoy admitir que a diferença entre as duas pesquisas é expressiva, não deve ser nenhum exagero. E não pelo resultado nominal, mas porque no Datafolha Serra apareceu crescendo e Dilma estagnada ou caindo, e no Vox Populi, o tucano está parado e a petista, crescendo.

Não foi por outra razão, como demonstrei no post anterior, que a Folha, na edição deste sábado, tentou desqualificar a pesquisa Vox Populi, coisa que nunca tinha visto – um instituto de pesquisa (ou seu preposto) desqualificando o outro. Não dá para explicar as disparadas e estagnações com sinal trocado em cada instituto.

Como se vê, não exagerei quando disse, há uma semana, que a pesquisa Datafolha cheirava mal.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Pesquisas inúteis


Pesquisas inúteis
http://edu.guim.blog.uol.com.br/


Para não afrontar o grupo político oriundo da centro-esquerda que poucos anos após a democratização (1985) virou expressão hegemônica do conservadorismo nacional, o único tipo de pesquisa eleitoral que esclarece o que é provável que aconteça na eleição presidencial é preterido em favor de cenários nebulosos.

A única pesquisa do tipo que realmente interessa foi feita discretamente pelo Ibope sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI) entre os dias 6 e 10 de março e teve divulgação pífia. Apurou-se, então, que 53% do eleitorado prefere votar em um candidato a presidente que tenha o aval de Lula.

Qualquer outra sondagem feita sem esse dado (o candidato de Lula na disputa) só serve para esconder o que acontecerá na campanha eleitoral que se avizinha, o que certamente é feito na esperança de que o quadro mude mais adiante.

A despeito disso, o script de 2006 vem se cumprindo de forma impressionante. Dilma Rousseff, hoje, tem quase a mesma posição em relação a Serra que Lula tinha na última pesquisa Datafolha feita naquele ano nesta época, pouco antes de o tucano desistir da corrida presidencial e sair candidato a governador de São Paulo.

Em fevereiro de 2006, segundo o Datafolha, no cenário mais provável do primeiro turno Serra tinha 36% e Lula, 34% - hoje, na média das pesquisas, Serra tem 35% e Dilma, 30%. Contudo, alguns institutos chegaram a apontar empate técnico entre os dois principais candidatos a presidente.

No sábado passado, o Datafolha apontou que a diferença entre Serra e Dilma num hipotético segundo turno também seria quase igual à disputa que o mesmo instituto anunciava entre Serra e Lula há quatro anos. Hoje, 48% dos votos iriam para o tucano e 39% para a petista; em 2006, Serra tinha 49% e Lula, 41%.

Pesquisa Vox Populi foi a campo esta semana e será divulgada no sábado no Jornal da Band. Mesmo se confirmar o Datafolha – e, se não confirmar, o circo vai pegar fogo –, Dilma ainda terá perspectivas melhores contra Serra do que Lula tinha em 2006 a esta altura do campeonato.

Lula, naquele ano, sofria o desgaste pleno do mensalão e do caso Palocci versus aquele “pobre e humilde caseiro” que recebia depósitos de dezenas de milhares de reais enquanto acusava o então ministro da Fazenda. Resgate que fiz do noticiário político de 2006 mostrou que era ainda mais pesado contra Lula do que é hoje contra Dilma.

Além disso, há quatro anos Lula não tinha a grande perspectiva que Dilma tem hoje de crescer conforme for se tornando mais conhecida. Na pesquisa Ibope do mês passado, dos 39% que não sabiam ser Dilma a candidata de Lula e que declararam que votariam preferencialmente no candidato dele, a maior parte declarou voto em Serra.

O cenário político está sendo distorcido, pois as pesquisas insistem em não revelar ao pesquisado um dado que todo o eleitorado fatalmente terá, ou seja, de que a disputa de Serra não será contra a desconhecida Dilma, mas contra a candidata de Lula e da continuidade de sua obra. Pesquisas que não informem esse dado, são inúteis.



Escrito por Eduardo Guimarães