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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Os temas transversais no ensino da matemática

O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva e a afirmação do princípio da participação política
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS – EAD Unidade Pedagógica: Santíssima Trindade – MACEIÓ/AL Disciplina: Pesquisa Prática Pedagógica I Curso: Matemática Circuito: 1 Equipe: Ademilton Alves Cabral da Silva
Adriana Mendonça da Silva Honorato Wilson Paulino dos Santos Oziel Fernandes Goes Roseilton Porto de Aguiar
Tutor: Felipe Bomfim Data: 04/09/2010
MACEIÓ – AL 2010
O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva e a afirmação do princípio da participação política.
Nessa perspectiva é que foram incorporados como Temas Transversais as questões da Ética, da Pluralidade Cultural, do Meio Ambiente, da Saúde, da Orientação Sexual e do Trabalho e Consumo.
Isso não significa que tenham sido criadas novas áreas ou disciplinas. Os objetivos e conteúdos dos Temas Transversais devem ser incorporados nas áreas já existentes e no trabalho educativo da sala. É essa forma de organizar o trabalho didático que recebeu o nome de transversalidade.
A educação para a cidadania requer que questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos, buscando um tratamento didático que contemple sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais.
a) Urgência social: Indica a preocupação de eleger questões graves, que se apresentam como obstáculos para a concretização da plenitude da cidadania, apontando a dignidade das pessoas e deteriorando sua qualidade de vida. b) Abrangência nacional: A eleição dos temas buscou contemplar questões que, em maior ou maior medida, e mesmo de forma diversas, fossem pertinentes a todo o país. c) Possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino fundamental: Esse critério norteou a escolha de temas ao alcance da aprendizagem nessa etapa da escolaridade. d) Favorecer a compreensão da realidade e a participação social: Que os alunos possam desenvolver a capacidade de posicionar-se diante das questões que interferem na vida coletiva, superar a indiferença e intervir de forma responsável.
A proposta de trabalhar com questões de urgência social numa perspectiva de transversalidade aponta para o compromisso a ser partilhado pelos professores das áreas, uma vez que é o tratamento dado aos conteúdos de todas as áreas que possibilita ao aluno a compreensão de tais questões.
É importante destacar que a perspectiva da transversalidade não pressupõe tratamento simultâneo, e num único período, de um mesmo tema por todas as áreas, mas o que se faz necessário é que esses temas integrem o planejamento dos professores das diferentes áreas, de forma articulada aos objetivos e conteúdos deles.
Falar em formação básica para a cidadania significa refletir as condições humanas de sobrevivência:
 Inserção das pessoas no mundo do trabalho;  Das relações sociais e da cultura;
 Desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante das questões sociais;
Em função do desenvolvimento das tecnologias, umas características contemporâneas marcante no mundo do trabalho exigem-se trabalhadores mais criativos e versáteis, capazes de entender o processo de trabalho como um todo. Parece haver um consenso de que para responder a essas exigências é preciso elevar o nível da educação de toda a população.
Nesse aspecto, a matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a comprovação e justificativa de resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na própria capacidade para enfrentar desafios.
A matemática usufrui de um estatus privilegiado em elação a outras áreas do conhecimento. Muitos acreditam que a matemática é direcionada às pessoas mais talentosas e que esse conhecimento é produzido exclusivamente por grupos sociais ou sociedades mais desenvolvidas. Embora equivocada, essa idéia gera preconceitos e discriminação, reflete no convívio escolar fazendo que acabe atuando como filtro social.
Por outro lado, o ensino da matemática muito pode contribuir para a formação ética, uma vez que direcione a aprendizagem para o desenvolvimento de atitudes.
 Confiança na própria capacidade e na dos outros;
 Construir conhecimentos matemáticos;
 Empenho em participar ativamente das atividades em sala;
 Respeito ao modo de pensar dos colegas;
 Construção de uma visão solidária de relações humanas nas aulas de matemática;
Os conhecimentos matemáticos permitem a construção de um instrumento fundamental para a compreensão e analise das questões relativas à sexualidade numa dimensão macrossocial.
 É possível compreender por meio da análise de dados estatísticos a diferença de remuneração de trabalho de homens e mulheres;
 Do acesso aos cargos de chefia;
 O aumento da incidência da gravidez prematura entre jovens e adolescentes;
 O comportamento das doenças sexualmente transmissíveis;
 Discutir e avaliar a eficiência das políticas públicas para a questão da gravidez na adolescência;
 Medidas estatísticas para compreender, por exemplo, a evolução da AIDS nos diferentes grupos;
 Situar num mesmo patamar papéis desempenhado por homens e mulheres na construção da sociedade contemporânea;
Esse preconceito, na maioria das vezes, é muito sutil e, dificilmente, o professor faz essa discriminação conscientemente.
A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que se evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na constituição e manutenção da vida na Terra.
Em termos de educação, essa perspectiva contribui para evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do ser humano, da participação, coresponsabilidade, solidariedade, equidade.
O estudo detalhado das grandes questões do meio Ambiente (poluição, desmatamento, limites para uso dos recursos naturais, sustentabilidade, desperdício, camada de ozônio, etc) pressupõe que o aluno tenha construído determinados conceitos matemáticos (áreas, volumes, proporcionalidade, etc) e procedimento (coleta, organização, interpretação de dados estatísticos, formulações de hipóteses, realização de cálculos e prática de argumentação).
Desse modo, as possibilidades de trabalhar as questões do Meio Ambiente em Matemática parecem evidentes.
As questões de saúde no Brasil são muito complexas e muitas vezes contraditórias. Há informações de que a média de nossos padrões de saúde é aceitável dentro dos critérios da ABNT.
Por outro lado, existem estatísticas alarmantes quanto aos índices da fome, da subnutrição e da mortalidade infantil em várias regiões do país.
Além de permitir a compreensão de questões sociais relacionadas aos problemas de saúde, as informações e dados estatísticos relacionados a esse tema também favorecem o estabelecimento de comparações e previsões que contribuem para o autoconhecimento, favorecendo o autocuidado.
Os levantamentos de saneamento básico, condições de trabalho, assim como acompanhamento do próprio desenvolvimento físico (peso, musculatura) e o estudo dos elementos que compõem a dieta básica, são alguns exemplos de trabalhos que podem servir de contextos para a aprendizagem de conteúdos matemáticos.
A construção e a utilização de conhecimentos matemáticos não são feitos apenas por matemáticos, cientistas ou engenheiros, mas, de forma diferenciada, por todos os grupos socioculturais, que desenvolvem e utilizam habilidades para contar, localizar, medir, desenhar, representar, jogar e explicar, em função de suas necessidades e interesses.
Valorizar esse saber matemático cultural é aproximá-lo do saber escolar em que o aluno está inserido, é de fundamental importância para o processo de ensino aprendizagem.
Ainda com relação às conexões entre matemática e Pluralidade Cultural, destaca-se no campo de educação matemática brasileira, um trabalho que busque explicar, entender e conviver com procedimentos, técnicas e habilidades matemáticas desenvolvidas no entorno sociocultural de um programa Etnomatemática, com suas propostas para a ação pedagógica.
Uma primeira aproximação entre o tema do Trabalho e a Matemática está em reconhecer que o conhecimento matemático é fruto do trabalho e que as idéias, conceitos e princípios que hoje são reconhecidos como conhecimento científico e fazem parte da cultura universal, surgiram de necessidades e de problemas com os quais os homens depararam ao longo da história e para os quais encontraram soluções brilhantes e engenhosas, graças a sua inteligência, esforço, dedicação e perseverança.
Com relação ao consumismo, é preciso mostrar que um tênis ou uma roupa de marca, um produto alimentício ou aparelho eletrônico, é fruto de um tempo de trabalho.
Inserindo a matemática nesse tema, percebemos que necessitamos da matemática para que possamos compreender bem os aspectos ligados aos direitos do consumidor. Por exemplo, para analisar a composição e a qualidade dos produtos e avaliar seu impacto sobre a saúde e o meio ambiente, ou analisar a razão entre o maior ou menor / maior quantidade.
Habituar-se a analisar essas e outras situações é fundamental para que os alunos possam reconhecer e criar formas de proteção contra a propaganda enganosa.
A matemática vem ao longo dos anos tendo que se adaptar as exigências do mercado, e sendo assim, precisa está inserida as novas tendências que emergem das necessidades sociais e culturais visando capacitar homens e mulheres a atuarem de forma consciente e critica, dando dessa forma, sua contribuição a formação da plena cidadania.
Trazendo uma nova forma de ver a educação atual, os PCN’s trazem os Temas
Transversais como um complemento a inserção dos novos procedimentos educacionais, o que nos remete a uma nova forma de o fazer matemático dentro da sala de aula.
Sendo a escola um ambiente formador e articulador para a cidadania, é importante agrupar os temas ao currículo e a ação do professor, visando com isso um aumento considerável na formação dos jovens.
http://w.microkids.com.br/downloads/pcn/5a8/matematica.pdf Acesso em agosto de 2010.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro081.pdf Acesso em agosto de 2010.
http://w.mec.gov.br/sef/estrut2/pcn/pdf/livro03.pdf Acesso em agosto de 2010.
http://w.mec.gov.br/sef/estrut2/pcn/pdf/matematica.pdf Acesso em agosto de 2010.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/relatorio_internet.pdf Acesso em agosto de 2010.


http://www.ebah.com.br/content/ABAAABVxEAE/os-temas-transversais-no-ensino-matematica

Plano de aula

Matemática
Régua e número decimal
Antonio Rodrigues Neto*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Introdução
A régua é um instrumento bastante conhecido entre os estudantes e pode ser usada para produzir atividades matemáticas que relacionam os conceitos da geometria com a lógica e as técnicas de cálculo do número decimal.

Objetivos

Por meio das regras de cálculo que já foram desenvolvidas em sala de aula, utilizar a régua para explorar o conceito de unidade e de número decimal. Aplicar problemas que relacionem essas regras com os conceitos geométricos necessários para a interpretação de cada problema.
Estratégias
1) Pedir para os alunos observarem a subdivisão da régua. Mostrar essa subdivisão por meio de uma ampliação, utilizando o retroprojetor (a régua se transforma em uma transparência).

2) Identificar os intervalos da régua, que representam o milímetro e o centímetro, mostrando que o milímetro é uma fração do centímetro:



3) Exercitar com os alunos, por meio da divisão, a transformação da fração decimal em número decimal:



4) Pedir para os alunos medirem o comprimento de alguns objetos disponíveis na própria sala de aula, como a borracha, a caneta e o caderno. Qual o comprimento e a largura da folha do caderno? Escrever essas medidas em milímetros e centímetros.

5) Exercitar a transformação do milímetro em centímetro explorando o conceito de fração e de número decimal:



6) Desenhar um retângulo na lousa, indicando o comprimento igual a 7,3 cm e uma largura de 4,8 cm. Pedir para que os alunos calculem o perímetro e a área dessa figura:

P = 7,3 + 4,8 +7,3 + 4,8 = 24,2 cm



7) Pedir para que os alunos meçam, com a régua, o comprimento de suas mãos, dando a resposta em centímetros. Discutir o procedimento e o critério utilizado nesse tipo de medida.

8) Desafiar os alunos a fazerem uma estimativa do tamanho dos seus passos em centímetros. Pedir que cada aluno calcule quantas vezes o tamanho do seu passo é maior que o comprimento da sua mão:



9) Pedir para que os alunos meçam o intervalo das linhas do caderno, dando a resposta em centímetros e em milímetros. Quantas linhas caberiam em um intervalo de 16 cm?

10) Orientar os alunos para que desenhem no caderno, à mão livre, um triângulo. A seguir, devem medir com a régua o comprimento de cada lado. Pedir para que calculem o perímetro dessa figura em cm e mm.

Atividades

1) Utilizando papel cartão, recortar um retângulo com as medidas sugeridas (7,3 cm e 4,8 cm). Medir com a régua a diagonal desse retângulo, dando a resposta em cm e mm.

2) Pesquisar o jogo do tangram e escolher algumas figuras. Reproduzi-las no caderno, à mão livre, medindo, com a régua, os comprimentos dos lados de cada figura, realizando, a seguir, o cálculo do respectivo perímetro.


*Antonio Rodrigues Neto, professor de matemática no ensino fundamental e superior, é mestre em educação pela USP e autor do livro "Geometria e Estética: experiências com o jogo de xadrez" pela Editora da UNESP.


http://educacao.uol.com.br/planos-aula/fundamental/matematica-regua-e-numero-decimal.jhtm