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domingo, 28 de março de 2010

Emir Sader: quem acredita na FSP (Força Serra Presidente) ? Participe da campanha “A Folha (*) mente”



A FSP gosta do que foge: da presidência da UNE, da prefeitura e do Governo de São Paulo
27/03/2010
Quem acredita na FSP (Força Serra Presidente)?
Menos de duas semanas depois de ter que se render às inquestionáveis tendências de subida da candidatura da Dilma e de estagnação e até mesmo descenso da de Serra, a FSP (Forca Serra Presidente) se apressou em fazer uma nova pesquisa, que nem esperou a tradicional divulgação de domingo, saindo no sábado.
Sem que nenhum fato político pudesse explicar, fizeram o que se imaginaria que um adepto da campanha serrista faria: levantar o animo depressivo da campanha opositora, tentando evitar o anti clímax do lançamento no dia 10 de abril da candidatura do Serra.
A manipulação – que já havia estado presente na não qualificação de empate técnico na diferença de 4 pontos – agora se revela abertamente. A FSP (Forca Serra Presidente) faz parte da direção da campanha do Serra e qualquer divulgação de pesquisa tem que ser caracterizado como manobra da campanha opositora.
Quem acredita na FSP (Forca Serra Presidente), depois de tudo que tem feito, desesperadamente, particularmente nestes últimos tempos, em que tiveram que abandonar a postura de aparente segurança na vitoria do seu colunista, o atual governador de São Paulo (ex presidente da UNE e ex prefeito de Sáo Paulo, ambos cargos abandonados por ele sem concluir o mandato), para se jogar, já sem nenhum escrúpulo, na campanha serrista?
Quem acredita no jornal que emprestou seus carros para dar cobertura à repressão da ditadura militar? Quem acredito no jornal que anunciou que haveria dezenas de milhões de vitimas da gripe suína no Brasil? Quem acredita no jornal que divulgou ficha falsa da Dilma? Quem acredita no jornal que publicou na primeira pagina artigo de suposto psicanalista acusando o governo de ter assassinado (sic) a mais de cem pessoas no acidente da TAM em Congonhas?
Quem acredita na FSP (Forca Serra Presidente), dirigida pelo filho do proprietário e não por nenhum tipo de eleição publica e democrática? Quem acredita em quem dirige o jornal porque é Frias Filho, filho do dono e não por algum tipo de mérito próprio que pudesse ter?
Quem acredita na FSP (Forca Serra Presidente) se o candidato que apóiam é colunista permanente do jornal, circula pela redação como se fosse sua casa, indica jornalistas vinculados a ele para cargos do jornal – como a diretora da redação de Brasilia, colunista da página 2, indicada por ele, conforme declaração de membro do Comite Editorial do jornal?
Como acreditar na FSP (Forca Serra Presidente) se se transformou no Diario Oficial Tucano (DOT), partido da direita brasileira, que dirigiu catastroficamente o país durante 8 anos – tendo mudado a Constituicao durante seu mandato para se beneficiar, com a compra de votos de parlamentares -, com todo o apoio desse jornaleco da Barão de Limeira?
Quem ainda acredita na FSP (Forca Serra Presidente)? Como se fez campanha no Chile, com Allende, contra o correspondente dessa imprensa no Chile, com o lema EL MERCURIO MIENTE, aqui devemos espalhar por todas partes, sobre a FSP (Forca Serra Presidente) e sobre seus congêneres, plásticos e toda forma de divulgação com o lema:
A FOLHA MENTE
O GLOBOMENTE
A VEJA MENTE
O ESTADAO MENTE.
Porque A DIREITA MENTE.
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Em tempo: e o editorial da FSP (Força Serra Presidente) de hoje ? Elogiar o governo do Supremo ex-Presidente do Supremo. Nem o Estadão foi capaz de tanto disparate. Clique aqui para ler “Estadão elogia Gilmar. Melhor seria se não tivesse feito” – PHA
Clique aqui para ler “Data-da-Folha vem aí. Mauricio da Carta também”.

sábado, 27 de março de 2010

Uma operação midiática de grande escala contra o governo Lula

Desde o Brasil se denuncia que a partir da primeira quinzena de março foi lançada uma operação midiática em larga escala que aciona todos os instrumentos ao alcance da direita política e do poder econômico contrários ao presidente Lula e ao seu governo, contra a candidata presidencial Dilma Rousseff e contra o Partido dos Trabalhadores.

Por Niko Schvarz *

O começo dessa campanha reconcentrada já é visível nos grandes meios de comunicação quando o país se encaminha às eleições presidenciais a ser realizadas em outubro do ano em curso. Nas redações, o bombardeio midiático é conhecido pelo nome de "Tempestade no Cerrado", que, de algum modo, evoca, devido à sua localização geográfica, ao Palácio do Planalto, sede do governo. A expressão recorda a "Tempestade no deserto" da primeira invasão ao Iraque, em fevereiro de 1991, dirigida pelo general Norman Schwarzkopf, que produziu 70 mil vítimas.

A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, de O Estado de São Paulo e da Folha de São Paulo é de disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas contra esse triplo objetivo (que, na realidade, é um só), para provocar uma onda de fogo tão intensa que torne impossível ao governo e ao PT responder pontualmente às denúncias e provocações.

A cartilha é a seguinte:

1) Manter permanentemente uma denúncia, qualquer que seja, contra o governo Lula nos portais informativos na Internet;
2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas e utilizar fotos que ridicularizem ao presidente e à candidata;
3) Ressuscitar o caso do mensalão de 2005 e explorá-lo ao máximo e, ao mesmo tempo, associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã;
4) Elevar o tom dos editoriais;
5) provocar ao governo de modo que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de censura;
6) Selecionar dados supostamente negativos da economia e apresentá-los isolados de seu contexto;
7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com os promotores cooptados;
8) utilizar ao máximo o poder de fogo dos redatores.

Uma estratégia midiática tucana foi traçada por Drew Westen, um cidadão estadunidense que se apresenta como neurocientista e presta serviços de cunho eleitoral, sendo autor de The Political Brain (O cérebro político) que, segundo dizem, é o livro de cabeceira de José Serra, governador de São Paulo e próximo candidato presidencial do PSDB. A adaptação do projeto corre por conta de Alberto Carlos Almeida, autor dos livros "Por que Lula" e "A cabeça do brasileiro", que atua como politólogo e foi contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo

A denúncia é recheada de exemplos concretos, reveladores de que essa tática já está sendo aplicada nos diários e, rapidamente, chega à Internet. Se referem às falsificações numéricas (em vários casos, de enormes dimensões) para ocultar ou inverter os bons resultados da política econômica e social do governo em matéria de infraestrutura em todo o país, na construção de habitações e no combate da inflação.

Uma campanha especial toma como eixo a Dilma Rousseff e seu "passado terrorista", dizendo que, além de assaltar bancos, tinha prazer em torturar e matar bons pais de família. Também colocam em cena a um filho de Lula. Isto é: a clássica campanha de tergiversações e calúnias; porém, nesse caso, agigantada em suas proporções e na somatória de meios postos à disposição que, sem dúvida, se irão incrementando e subindo o tom à medida que nos aproximemos a outubro.

O leitor poderá apreciar também até que ponto campanhas similares a esta em sua essência vêm sendo realizadas agora mesmo contra governos de esquerda do continente, como acontece com Cuba, Venezuela ou Bolívia, entre outros.

No caso do Brasil, a operação tende a impactar a ascensão da campanha eleitoral por Dilma Rousseff, que reduziu consideravelmente a vantagem inicial de Serra e continua subindo enquanto este desde até situar-se em virtual situação de empate técnico. Também correm a seu favor a notável projeção internacional da política do presidente Lula, expressada estes dias em seu compromisso direto e no terreno para a solução do problema palestino-israelense; bem como seus êxitos internamente. O orçamento da educação foi triplicado em 8 anos, passando de 17,4 bilhões de reais, em 2003, para 51 bilhões, destinando-se grande parte do aumento do PIB para a educação básica; e fevereiro registrou um recorde de 209.425 novos empregos formais, cifra que chega a 390.844 no primeiro bimestre do ano de 2010.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Você acredita em pesquisa ? Então, Dilma ganha no primeiro turno



Dilma tem a economia e o Serra, nada / Charge por Junião via jornal Diário do Povo (Campinas/SP)
O Conversa Afiada não acredita em pesquisa.
Logo, acredita em “pesquiseiro” até a página dois.
Mas, o PiG (*) acredita em Data-da-Folha e em Globope.
E usa os dados dos dois institutos com uma liberdade editorial espantosa.
Por exemplo, o Serra já está eleito há muito tempo, segundo os “pesquiseiros” que se nutrem do Data-da-Folha e do Globope.
O presidente do Globope, por exemplo, que previu em 2006 que Paulo Souto seria governador da Bahia no primeiro turno; que Roseana seria eleita no Maranhão; e Lula ganharia no primeiro turno, agora o presidente do Globope disse que o Lula não fará o sucessor.
O Data-da-Folha e o Globope erram até boca de urna.
E são tratados como as Tábuas de Moisés pelos “pesquiseiros” colonistas (**) do PiG (*).
O Conversa Afiada acredita em tendências, em traços fortes, profundos.
Por exemplo, o Conversa Afiada sustenta há muito tempo que o Vesgo do Pânico tem mais chance de ganhar a eleição do que o Serra.
Por quê ?
Porque o brasileiro não vota em tucano paulista em 2010.
Quem explicou isso de forma magistral foi Maria Inês Nassif, no Valor.
Uma demonstração disso é o que o Oráculo de Delfos apontou: “Por que ninguém quer ser vice do Serra ?”
Mas, amigo navegante, se você acredita em pesquisa, veja que interessante a previsão da Vox Populi (a sugestão foi do amigo navegante Fernando:
Diretor do Vox Populi: Dilma pode ganhar no primeiro turno
Do Estado de S. Paulo
O crescimento nas pesquisas eleitorais da pré-candidata do PT à Presidência, ministra Dilma Rousseff, ante a estagnação de seu provável adversário, o governador de São Paulo José Serra (PSDB) tem impressionado os diretores dos quatro principais institutos de pesquisa do País.
Márcia Cavallari, do Ibope, João Francisco Meira, do Vox Populi, Mauro Paulino, do Datafolha e Ricardo Guedes, do Sensus, estiveram reunidos em São Paulo na tarde de ontem para debater o cenário eleitoral, em evento da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas.
O professor Marcus Figueiredo, do Iuperj também esteve no debate, mediado pela jornalista Cristiana Lôbo.
Meira deu o palpite mais ousado da tarde: “não é impossível imaginar que a Dilma ganhe a eleição já no primeiro turno”, afirmou.
Segundo ele, quando há candidatos carismáticos, a disputa se concentra mais entre as personalidades desses candidatos. Mas, para ele, nem Dilma nem Serra são carismáticos. ‘Carisma não é o nome dessa eleição’, afirmou.
Ele listou alguns fatores que, na sua avaliação, devem decidir a disputa eleitoral. O primeiro seria a economia: se estiver ruim, a tendência é de mudança – mas a economia é o principal trunfo do governo Lula.
Em segundo, o aspecto ideológico – nesse caso, diz ele, 56% das pessoas se definem como sendo de esquerda e 30% como eleitores do PT.
Além disso, ele lembra o tempo de TV como decisivo – e a construção das alianças deve garantir um tempo maior à candidata governista. Por último ele cita algum acidente, debate ou fato inesperado que possa alterar a opinião dos eleitores.
Sua avaliação é parecida com a de Ricardo Guedes, do Sensus. Segundo ele, “Dilma tem produto para mostrar, a economia. O Serra não tem. Hoje a tendência é muito mais pró-Dilma”.
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domingo, 21 de março de 2010

Campanha Serra Jamais:Por causa do sentimento anti-paulista


Maria Inês: por que o Vesgo tem mais chance que o Serra. Por causa do sentimento anti-paulista
Conversa Afiada sempre sustentou que o Vesgo do Pânico tem mais chance de ser Presidente que o Datena, quer dizer, que o Serra.
Porque o Conversa sempre acreditou que o brasileiro não elegerá um paulista Presidente da República tão cedo.
O PiG (*), dominado por São Paulo e pelo Globope de São Paulo, jamais ousaria manter uma discussão sobre o problema da Federação.
O brasileiro (a Federação) cansou da hegemonia de São Paulo, para São Paulo.
Como diz o sábio Fernando Lyra, “São Paulo não pensa o Brasil”.
O Conversa Afiada sempre sustentou que uma das manifestações de sabedoria do Presidente Lula foi desconcentrar o investimento público.
Foi esse o papel de Lula na memorável vitória do Rio nas Olimpíadas de 2016 – como percebeu o Conversa Afiada.
Uma vitória que a elite (separatista) de São Paulo não engole até hoje (**).
Sobre a desconcentração econômica, o Conversa Afiada já afirmou que Pernambuco é a nova locomotiva do Brasil.
Agora, finalmente, na imprensa do PiG (*), surge uma jornalista que põe a questão no devido lugar e explica por que o Vesgo tem mais chance do que o Serra (ou será o Datena ?).
É o artigo de Maria Inês Nassif, no Valor, e que o Vermelho destacou:: “o voto anti-paulista”.
“ … Serra carregará o carimbo de origem para os palanques das outras unidades federativas no momento em que a aversão à política paulista se generaliza.”
“Uma das lógicas de Lula, ao escolher sua candidata, é a de tirar a sucessão do circuito de poder do PT paulista. PSDB e PT de São Paulo dividem não apenas as antipatias dos políticos dos outros estados, mas do eleitorado não paulista.”
“Na hora em que saiu da disputa … Aécio já tinha montado, em Minas, um cenário francamente contrário a uma candidatura paulista.”
“Mesmo que Aécio não mova um dedo contra Serra … e até faça uns discursinhos a favor, dificilmente o governador (Serra) conseguirá desfazer o que está feito: o ambiente em Minas é francamente contra São Paulo”.
“ … Serra é a configuração da hegemonia política desse Estado (São Paulo) sobre os demais”.
“Um movimento eleitoral de aversão a um grupo hegemônico é um indicador poderoso de um fim de ciclo.”
Nassif, aí, mostra como São Paulo, quando ainda era Grande Potência econômica, acumulou o poder político.
Acontece que …

“Esse poder (de São Paulo) … não sobreviveu a um período (Governo Lula – PHA) em que ocorreu um movimento mais forte de desconcentração, não apenas na distribuição de renda a indivíduos, via programas de transferência, mas da descentralização do investimento publico. Um projeto de desenvolvimento menos regionalizado vem corroendo a solida hegemonia que comandou o país pós-Real … O país vive esse momento de transição, com todos os ressentimentos dos que perderam no período anterior (Governo FHC – PHA) embutidos na conta a ser paga pelo grupo ainda hegemônico”.
Ou seja, o Vesgo …
Em tempo: ao longo desse magistral artigo, Maria Inês Nassif, que, se não me engano, é mineira, se esqueceu de incluir o Rio na conta dos que vão desmontar a hegemonia anti-nacional dos tucanos de São Paulo. No Rio, caríssima Maria Inês, nem a urubóloga Miriam Leitão vota no Serra (ela é Marina).
Paulo Henrique Amorim
(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista
(**) Uma vitória que a elite de São Paulo não engole até hoje. É o que se depreende do que está no espaço que o Otavinho delegou a Clovis Rossi, na página dois da Folha (***). Ali, teme-se, parece haver uma combinação de múltiplos preconceitos. Contra o carioca. Contra o negro. Contra o baiano do Senhor do Bonfim. Contra o gordo. Contra o pobre. Contra os cultos afro-brasileiros – o “altar de mandingas”. Não seriam esses, amigo navegante, os pré-requisitos de uma kristallnacht http://en.wikipedia.org/wiki/Kristallnacht#Kristallnacht
desfechada a partir da Alameda Barão (?) de Limeira ?
(***)Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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quinta-feira, 18 de março de 2010

Palestinos sugerem Lula como futuro secretário-geral da ONU


17 DE MARÇO DE 2010 - 20H32
Palestinos sugerem Lula como futuro secretário-geral da ONU

O comando da Autoridade Nacional Palestina defendeu nesta quarta-feira (17) o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para futuro secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em substituição ao sul-coreano Ban Ki-moon.

O porta-voz da ANP, Mohamed Edwan, disse que esta é a expectativa dos palestinos. O comentário ocorreu depois da visita de Lula à Cisjordânia. Na ocasião, o presidente brasileiro disse que era "irmão" do povo palestino.

"Ele poderia ser um ótimo secretário-geral da ONU, pois é um homem de paz e de diálogo e sabe negociar de maneira inteligente e admirável. O próprio presidente Abbas também pensa assim", disse Edwan.

O embaixador palestino no Brasil, Ibrahim al-Zeben, afirmou que concorda com a sugestão feita pelo porta-voz da ANP.

"O presidente Lula demonstrou ser um estadista muito importante, de estatura internacional", destacou al-Zeben.

O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse que a proposta dos palestinos já foi citada anteriormente. Segundo ele, um dos que defendeu a idéia de Lula ser nomeado para a ONU foi o presidente da França, Nicolás Sarkozy.

"Não é a primeira vez que ouço essa sugestão, o Sarkozy já havia sugerido isso no passado", observou Garcia.

Durante a inauguração da Rua Brasil, em Ramala, os palestinos presentes aplaudiram de pé o presidente brasileiro e gritaram "Viva Lula!". O primeiro-ministro da ANP, Salam Fayad, também elogiou o presidente.

"Muitos dos que aplaudiram não entendem português, mas o presidente Lula fala uma língua universal e que todos entendem", elogiou.

Cerca de 5 mil brasileiros, de origem palestina, vivem na Cisjordânia. Morador da cidade de Hebron — uma das áreas ocupadas pelos israelenses — o palestino brasileiro Jamil Abu Fara, de 26 anos, levou um cartaz para a cerimônia com o presidente Lula. No cartaz estava escrito: "O Brasil está em nossos corações".

Na inauguração, Lula declarou que o gesto prova o carinho que o povo palestino tem pela nação brasileira. "Primeiro vem a rua, depois os investimentos, depois um ponto de encontro entre o povo palestino e o Brasil", disse Lula.

A rua tem dois quilômetros e liga o local onde está sepultado o líder palestino, Iasser Arafat — morto em 2004 — à cidade de al-Bireh. O presidente brasileiro também depositou flores no túmulo de Arafat.

Ao encerrar a visita aos territórios palestinos o presidente Luiz Inácio Lula a Silva disse que o recente desentendimento entre os EUA e Israel pode ser um incentivo para que israelenses e palestinos cheguem a um acordo.

"O que parecia impossível aconteceu: os EUA tendo divergências com Israel. Quem sabe essa divergência era a coisa mágica que faltava para que se chegasse ao acordo?" disse Lula em Ramala, na Cisjordânia, sem dar detalhes de como esse episódio pode promover a paz no Oriente Médio.

Em coletiva ao lado do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, Lula também fez um apelo para que as duas organizações palestinas, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e a al-Fatá, do presidente palestino, se reconciliem.

"A Palestina não realizará seu sonho se estiver desunida", afirmou.

O presidente palestino afirmou que seus compatriotas vem cumprindo os pedidos feitos por Israel, mas que seus vizinhos não tem feito o mesmo.

"Aplicamos o que nos foi pedido e Israel precisa cumprir seus compromissos, entre eles a suspensão da construção de todos os assentamentos, inclusive em Jerusalém. Não queremos nenhum outro caminho", disse Abbas.

Mais uma vez, Lula disse que o Brasil está disposto a participar das negociações de um acordo de paz entre palestinos e israelenses. "Estou convencido de que novos atores poderão arejar as negociações estancadas."
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=126025&id_secao=9
Com informações da Agência Brasil

CNI/Ibope: Serra cai, Dilma encosta e lidera pesquisa espontânea


CNI/Ibope: Serra cai, Dilma encosta e lidera pesquisa espontânea
Saiu hoje a nova pesquisa CNI/Ibope sobre as intenções de voto para presidente da República. A pesquisa foi realizada entre 6 e 10 de março. Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 140 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

José Serra (PSDB) continua na frente com 35% da preferência do eleitorado. Mas a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), sobe e encosta: ela tem 30%. O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) tem 11%. A senadora Marina Silva (PV-AC) aparece com 6%.

Na pesquisa espontânea, Presidente Lula é o mais lembrado (20%), seguido por Dilma Rousseff (14%) e José Serra (10%).

segunda-feira, 15 de março de 2010

PIG: 7 factóides em 15 dias(Partido da Imprensa Golpista)


Segunda-feira, Março 15, 2010
PIG: 7 factóides em 15 dias


Brasileiros e brazileiros ou 7 factóides em 15 dias

13 de março de 2010 - Sonia Montenegro

A economia vai bem, o Brasil nunca gozou de tanto prestígio e reconhecimento no mundo, nunca na história desse país um presidente foi tão querido... Então, por que é que eu sinto um nó no peito?

Nos últimos 15 dias, a imprensa tem submetido a todos nós, que estamos satisfeitos com os rumos que o Brasil está seguindo e que queremos eleger a Dilma para dar continuidade e avançar neste caminho, a uma verdadeira tortura psicológica.

O Brasil sempre foi tido como "o país de futuro", e quando esse futuro parece se aproximar, brazileiros tentam boicotar? Não deveriam eles estar também engajados nessa mesma onda? Parece óbvio, mas infelizmente não é!
Sempre acusamos os portugueses, ingleses e norte-americanos por terem explorado o Brasil, mas eles só o fizeram porque brazileiros deixaram. E é muito triste fazer essa constatação. Certos brazileiros que rimam com fuleiros, preferiram defender seus projetos e interesses pessoais aos interesses da nação. E para atingir seus objetivos, foram e são capazes de atos impensados. No final de 2009, foi realizada a Confecom - Conferência Nacional de Comunicação em Brasília, depois de concluídos os debates em todas as regiões do país. Era uma demanda antiga de diversas entidades, por sua incomensurável importância. É a imprensa que nos informa, e é a grande "formadora de opinião". Tem os meios de nos fazer pensar como querem que pensemos. Uma arma silenciosa tanto quanto perigosa, já que são brazileiros e não brasileiros. Querem o Brasil para eles, e não para todos os brasileiros, como nós queremos.

Quem quis participou, quem se inscreveu falou e no final foi democraticamente votado um documento que foi enviado à Presidência da República, com as sugestões de políticas democráticas para a comunicação.

Os grandes veículos da mídia brazileira foram convidados, mas declinaram do convite para promover a sua própria conferência em São Paulo. Os palestrantes foram escolhidos pelos organizadores: jornalistas e articulistas dos grandes veículos de comunicação, como Globo, Abril (revista não-Veja), Folha, Estadão etc. Para assistir às palestras, era cobrado um ingresso de R$ 500,00 (isso mesmo, quinhentos reais).

Também fizeram um documento, que afirma que o setor de comunicação no país não precisa de leis, basta apenas a auto-regulação. A eles deve ser concedido o direito de fazer o que quiserem, independentemente do que pensa a população brasileira e dos interesses do próprio país. Baseados não se sabe em que, decidiram que a eleição da Dilma é uma ameaça à liberdade de imprensa. Os movimentos sociais foram taxados de "autoritários".

A mensagem que se pode captar é que querer justiça social é sinônimo de ser comunista. Criticar a imprensa é sinal de autoritarismo. E ponto final!

Coincidência ou não, o que se viu acontecer a partir dessa tal conferência foi uma descarga de factóides, todos exibidos nas primeiras páginas dos jornalões e noticiários de TV, notadamente o Jornal Nacional da Rede Globo.

1 - O Estadão chamou o PT de "partido da bandidagem".

2 - A revista Istoé, publica uma matéria na qual liga o petista Fernando Pimentel ao caixa-2 do PT, apelidado de "mensalão" para dar um colorido mais grave à denúncia. O Portal Terra, antes de divulgar a notícia, fez o que TODOS os jornalistas deveriam fazer: checar a informação. Telefonou para o procurador responsável pela investigação, Patrick Salgado Martins, e perguntou se o fato era verdadeiro, recebendo como resposta um sonoro não. Fernando Pimentel não era objeto da investigação.

A matéria não visa apenas incriminar o ex-prefeito de Belo Horizonte, um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff, mas induzir o leitor a acreditar que o mensalão petista foi financiado com dinheiro público, o que até o momento não foi provado, diferentemente dos mensalões do PSDB (MG) e do DEM (DF), cuja origem do dinheiro público já foi comprovada.

3 - O jornal Folha de São Paulo, que já publicou uma ficha-falsa da Dilma Rousseff como se verdadeira fosse entre inúmeros outros escândalos que desdenham da nossa inteligência, publica matéria na qual acusa o PNBL - Plano Nacional de Banda Larga do Governo Federal de beneficiar um cliente de consultoria do ex-deputado do PT José Dirceu, chamado Nelson dos Santos, que receberia R$ 200 milhões na "negociata". Dirceu teria feito o lobby para beneficiar seu cliente, e para tal, recebido R$ 600 mil. Em função dos esclarecimentos e desmentidos, a própria FSP foi obrigada a mudar a sua versão, porque o governo federal ganhou na Justiça o direito de utilizar a fibra ótica da falida Eletronet (criada por FHC), para levar banda larga para os lugares onde não interessa às empresas privadas, um meio barato de difundir conhecimento. Não precisou desembolsar um tostão, com uma única exigência, determinada pela justiça: pagar eventuais credores por material fornecido e não pago. Note bem: em momento algum o tal de Nelson dos Santos seria beneficiado, como afirmou a matéria. O jornalista Luiz Nassif explica didaticamente em seu blog, que a própria FSP foi obrigada a reconhecer, para tirar o "deles da reta", que sua fonte foi o tal Nelson dos Santos, cujo objetivo era exatamente o contrário do que afirmava a matéria, ou seja, impedir o PNBL, para que ele pudesse negociar com as teles as fibras óticas, quando poderia vir então a receber de R$ 70 a R$ 200 milhões. Em resumo: a FSP acusa Dirceu por um lobby que ele não fez, e sim ela, tentando melar o PNBL e dar ao seu informante a chance de angariar os valores acima descritos.

4 - A revista (não)Veja produz uma matéria, que só não dá para chamar de sensacionalista por ser pleonasmo. Para não me alongar muito, basta dizer que a "fonte" da revista é um promotorzinho cujo nome me recuso a repetir, porque é esse o seu principal objetivo: ficar conhecido e se candidatar a uma cadeira na Câmara Federal (como ele mesmo afirmou), e já foi assunto de uma denúncia da própria revista no passado. Começando por seu pai, preso em flagrante por posse de bens roubados, cuja soltura foi negociada pelo filho com um delegado. Antes de se tornar promotor, foi sócio do filho de Ivo Noal, conhecido banqueiro de bicho e morou num apartamento de Alfredo Parisi, condenado por bancar jogo de bicho. Foi acusado pela tentativa de proteção do mega-contrabandista chinês Law Kin Chong, desviando as investigações para pequenos contrabandistas. Seu patrimônio também é fruto de suspeitas, já que comprou, de uma só vez, 2 carros importados e blindados, entre outros delitos mais. Ainda assim a revista acreditou em todas as declarações da sua "fonte", sem checar a informação.
Outro fato estranho é que essa denúncia é, como se usa dizer no jargão jornalístico, uma matéria "requentada", ou seja, não é um fato novo, e o promotorzinho a denunciou para a imprensa, antes de apresentá-la à justiça. Correu para fazê-lo, e anteontem, teve os seus pleitos negados pelo juiz Carlos Eduardo Lora Franco, ou seja, o bloqueio de contas da Bancoop e a quebra de sigilo bancário do ex-presidente da cooperativa, João Vaccari Neto, desqualificando o promotorzinho por fazer uma série de afirmações "sem demonstrar em quais elementos as acusações se sustentam".

5 - A mais alta corte brasileira, o STF, deixa vazar para a imprensa uma denúncia de que estaria investigando o presidente do Banco Central, Henrique Meireles, que ignorava o fato e veio a saber por quem? Pela imprensa! Eu tenho cá pra mim uma forte suspeita da autoria do vazamento de um processo que correria em segredo de justiça!

6 - O que deveria ser uma boa notícia, depois de 7 anos, o Brasil consegue na OMC - Organização Mundial do Comércio, o direito de retaliar os EUA pelos prejuízos causados ao país por subsídios ilegais que dão aos seus produtores de algodão. Aliás, não apenas ao Brasil, mas também à África. A grande potência norte-americana faz o que sempre condenou em outras nações: protege o seu mercado, criando uma concorrência desleal. Mas na imprensa brazileira, vira uma temeridade. Uma "guerra comercial" contra os EUA, sem deixar de enfatizar que o consumidor teria que pagar a conta pelo aumento do pãozinho. Uma imprensa que pretende nos fazer crer que não somos uma nação soberana, e que temos que nos curvar eternamente à grande potência norte-americana.

7 - A exploração da viagem do Lula a Cuba, pela "saia-justa" de coincidir a sua chegada com a morte de Zapata por greve de fome. A imprensa brazileira afirma que Zapata era dissidente do regime cubano, já Aleida Guevara March, filha do Guevara, em visita ao Brasil nesta semana, afirmou que Orlando Zapata, era um "delinquente comum". Disse mais: "São personagens criadas pela mídia para caluniar Cuba. Recebem dinheiro de empresários dos EUA e Europa que são contrários à revolução cubana". Digamos que a opinião de Aleida seja parcial, mas seria imparcial e digna de credibilidade a informação da imprensa brazileira colonizada, que repete aqui a ladainha norte-americana?

Os EUA divulgaram em 2007 parte dos documentos secretos da CIA chamados "Jóias da Família", onde reconheciam terem tentado matar por diversas vezes o líder cubano Fidel Castro, sem contar a invasão mal sucedida à Baía dos Porcos em Cuba, dentre inúmeras outras ações contra o país.

Em 2 de setembro de 2005, o português José Saramago e o brasileiro Oscar Niemeyer, entre outros, assinaram um documento pedindo a libertação de 5 cubanos presos e injustamente condenados nos EUA. Até hoje, nada aconteceu.

E Guantánamo, e Abu Ghraib? Por acaso a nação norte-americana é algum exemplo de respeito aos direitos humanos?

Em janeiro de 1988, quando Fidel recebeu a visita do Papa João Paulo II, ele afirmou: "Esta noite, milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas em Cuba". Os EUA não poderiam fazer esta afirmação... Não existe analfabeto em Cuba. A saúde é um direito de todos os cidadãos do país, e tá lá o Obama querendo fazer o mesmo na nação mais rica do planeta, com enormes dificuldades.

Cuba enviou médicos para ajudar o Haiti, os EUA enviaram tropas para controlar o espaço aéreo e as propriedades de cidadãos norte-americanos.

Vá lá que um erro não justifique o outro, e sendo libertária, reprovo qualquer regime de força, mas sentar no próprio rabo para falar mal do rabo alheio é falta de caráter!

E o nó no peito é a constatação do que todos nós já esperávamos: vamos sofrer muito nessas eleições. Será uma luta entre Davi e Golias. E todos nós, que temos consciência do que está em jogo temos a responsabilidade de salvar o BRASIL desses brazileiros.

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Para entender o tiroteio político atual
Do Valor
Um período sob pesada artilharia
por Maria Inês Nassif

11/03/2010
O governador de São Paulo, José Serra, tem até o fim do mês para decidir o seu destino eleitoral, mas os possíveis aliados do PSDB na disputa pela Presidência têm mais tempo que isso. Serra obedece o calendário de desincompatibilização definido pela lei: se não sair do governo até seis meses antes da eleição de outubro, apenas poderá se candidatar à reeleição ao governo do Estado. Os partidos, no entanto, têm até 30 de junho para definir suas alianças – ou, se for o caso, seus próprios candidatos. O calendário é diferente. Para o tucano, a situação se define até o primeiro dia de abril. O PSDB e os partidos que a ele se aliariam, no entanto, têm mais três meses para decidir o seu destino. Até agora, Serra tomou como decisão sua, pessoal e intransferível, a definição do timing da sua candidatura. A partir de abril, ou se submete aos interesses dos partidos e mostra resultados, ou corre o risco de ver reduzida a sua base de apoio eleitoral. Quanto menos apoio formal tiver, menos tempo terá de horário eleitoral gratuito.
Isso, é lógico, vale para todos os candidatos que estão hoje na arena da disputa presidencial. Mas a candidata do PT, Dilma Rousseff, tem uma vantagem sobre seu principal concorrente. Dilma está num momento de ascensão nas pesquisas. Nos próximos 30 dias, segundo previsões do seu partido e também de adversários, ela deverá ultrapassar o candidato tucano. Nos próximos três meses, quando serão definidas as alianças eleitorais, terá invertido com Serra a posição nas pesquisas: negociará aliados como favorita na disputa. Isso faz uma enorme diferença. Na prática, isso tem o poder de demover, por exemplo, qualquer eventual obstáculo à aliança com o PMDB. O partido de Michel Temer é dividido mas não rasga dinheiro: dificilmente deixará de se aliar a Dilma, com direito a uma vice-presidência, se sobre o palco de negociações tiver montado um cenário onde ela atue como protagonista. Da mesma forma, as próximas pesquisas – se não acontecer um fato relevantíssimo, que cole efetivamente na candidatura do PT e reverta a tendência de alta da candidata de Lula – serão um fator de atração para os pequenos partidos fisiológicos. De cara, as sondagens de intenção de voto terão o poder de garantir o horário eleitoral gratuito do maior partido parlamentar, o PMDB, para a candidata. E trarão para a candidatura, como troco, o horário eleitoral dos pequenos partidos. Tempo maior de horário gratuito não é apenas garantia de mais propaganda: é como se fosse também um seguro contra a ofensiva “de fora”, destinada a criar os fatos novos que teriam o poder de derrubar o favoritismo da candidata do PT. É a garantia de tempo para comunicação direta com o eleitor, sem a mediação dos meios de comunicação.
Ou o PSDB reverte esse quadro, ou terá enormes dificuldades de manter horário eleitoral e palanques estaduais que serão fundamentais para seu candidato vencer as eleições. Para os partidos que os tucanos pretendem como aliados nas eleições de outubro, se Serra não emplacar, é mais vantajoso apoiar diretamente Dilma, ou então simplesmente fechar com um candidato que fuja da polarização PT-PSDB e preserve-os de desgastes futuros com o vencedor da disputa. Isso manteria a faixa de eleitorado do partido em questão preservado da contaminação de uma campanha que se prevê altamente agressiva; permitiria, assim, uma aliança no segundo turno com o favorito na disputa – ou a negociação de um apoio parlamentar já com o presidente eleito. Isto quer dizer que, dependendo das chances de um segundo colocado nas pesquisas no período que antecede a oficialização das alianças eleitorais, é preferível perder – inclusive com candidato próprio – do que se queimar com o candidato favorito.
Num quadro de muita polarização, os partidos aliados a um candidato com chances reduzidas de vitória também perdem substância ideológica na disputa eleitoral. O caso do DEM é paradigmático. Nas eleições de 2006, aliado ao PSDB numa disputa de morte com o PT, o DEM viu o eleitorado que ideologicamente se alinharia ao partido migrar para o candidato que se apresentava como polar postulante de esquerda. O processo eleitoral conduziu o PSDB para a direita e expulsou o DEM desse eleitorado. A aliança do PSDB com o DEM nas eleições municipais de 2008, que elegeu como prefeito da capital o demista Gilberto Kassab, deu uma sobrevida ao partido, mas isso tende a não ser suficiente nessas eleições, principalmente diante da evidência de que o prefeito da capital vive um declínio de popularidade de difícil recuperação e não terá muito fôlego, até o final do mandato, para consolidar um eleitorado que seja propriamente de seu partido em São Paulo. O eleitorado conservador paulista é, ainda, profundamente tucano. Nesse cenário, o ex-PFL apenas não será engolido pelo PSDB se a votação de Serra for avassaladora – e daí ele leva consigo uma bancada parlamentar onde caberão tucanos e demistas – e, já como partido governista, consegue trabalhar para recompor o tamanho que tinha antes de 2002, quando o PSDB deixou de ser governo; ou se afasta do PSDB e tenta retomar o eleitorado ideológico de direita que foi absorvido pelos tucanos nas últimas eleições. Seria a forma de não perder completamente a importância no quadro político. Ficar sem o DEM não é uma boa alternativa para a candidatura Serra; ficar com um Serra em declínio não é bom para o DEM.
O mês de março, e os quase três meses que separam a desincompatibilização de Serra da oficialização das alianças eleitorais, portanto, são o tempo que o PSDB tem para reverter a curva de ascensão de Dilma nas pesquisas e atrair aliados. Será um período de guerra. Não será apenas uma amostra do que será uma campanha que, dizem as previsões, virá mais pesada que a de 1989, um período de pesada artilharia.

De: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/03/11/para-entender-o-tiroteio-politico-atual/

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Postado por RIZOMA BEATRICE às 2:14 PM
http://grupobeatrice.blogspot.com/

A mídia e a "Tempestade no Deserto" Cuidado!!!


Mauro Carrara, a mídia e a "Tempestade no Deserto"
publicada domingo, 14/03/2010 às 01:04 e atualizado domingo, 14/03/2010 às 01:22 | 37 Comentários

Mauro Carrara escreve sobre uma operação que, claramente, já está em curso.

Passado o Carnaval, os setores ligados aos tucanos - na grande mídia - se desesperaram. A sequência de notícias ruins para eles, desde o fim do ano passado, é impressionante: enchentes em São Paulo, Arruda preso, o DEM desmoralizado, o PSDB sem discurso diante da recuperação da economia. Para completar: Serra caiu e Dilma subiu nas pesquisas.

A oposição ao governo Lula bateu os tambores no convescote organizado pelo Instituto Millenium. Ao perceber que os partidos de oposição caminhavam para a anomia, os donos da mídia asumiram o controle da oposição. E as manchetes, capas e títulos distorcidos se avolumam.

É guerra. É a tempestade no deserto - como explica Mauro no texto abaixo..

Pesquisa IBOPE saiu a campo (coincidência, em se tratando do IBOPE?) na última semana, em meio à tempestade de manchetes anti-governistas. Resultado deve ser divulgado nos próximos dias, pela CNI.

Toda a esperança dos tucanos da mídia é que Serra tenha conseguido estancar a sangria dos votos. Aparentemente, não conseguiu. Há informações de que Dilma já aparece (numericamente) à frente de Serra, apesar de a situação (ainda) caracterizar empate técnico: leia sobre isso no Vermelho - http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=125750&id_secao=1.

Nos próximos meses, entraremos num ritmo frenético, parecido com o de 2005 - quando setores da mídia tentaram derubar Lula. Agora, sabem que não podem derrubá-lo. Mas bastaria a eles arranhar a imagem do PT, e vender a idéia de de que "Lula a gente tolerou, mas Dilma - a terrorista - não vai chegar lá".

Ninguém pode ser ingênuo. Essa campanha está articulada a interesses internacionais. Não do núcleo do governo de Obama, mas de setores da extrema-direita dos EUA que seguem alojados na máquina de governo em Wasgington, e que assumiram a tarefa de barrar a "subversão" na América Latina. Essa gente da mídia no Brasil é articulada com o que há de mais reacionário nos EUA.

A guerra será violenta - como diz o Mauro Carrara, abaixo. Fiquem com o texto dele...

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Operação “Tempestade no Cerrado”: o que fazer? - por Mauro Carrara

(O PT é um partido sem mídia... O PSDB é uma mídia com partido).

“Tempestade no Cerrado”: é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.

A expressão é inspirada na operação “Tempestade no Deserto”, realizada em fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo.

Liderada pelo general norte-americano Norman Schwarzkopf, a ação militar destruiu parcela significativa das forças iraquianas. Estima-se que 70 mil pessoas morreram em decorrência da ofensiva.

A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores.

A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações.

As conversas tensas nos "aquários" do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque.

1) Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.

2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.

3) Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.

4) Elevar o tom de voz nos editoriais.

5) Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”.

6) Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto.

7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.

8) Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.

Quem está por trás

Parte da estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral.


É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.

A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo “cientista político” Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo.

Almeida escreveu Por que Lula? e A cabeça do brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.

O conteúdo

As manchetes dos últimos dias, revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda.

Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e “vetada” pelo TCU.

Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009.

Criam deturpações numéricas.

A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto “Minha Casa, Minha Vida” está fadado ao fracasso.

Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas.

O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis.

Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.

A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses.

A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.

Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena.

É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90.

Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia.

É o caso da “bomba” requentada neste março. Segundo Alencar, Lula vai “admitir” (em tom de confissão, logicamente) que foi avisado por Roberto Jefferson da existência do Mensalão.

Crimes anônimos na Internet


Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores.

Três deles merecem destaque...

1) O “Bolsa Bandido”. Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício.

2) Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”.

3) O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.

O que fazer

Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo.

Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.

Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.

São cinco as tarefas imediatas...

1) Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.

2) Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.

3) Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.

4) Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.

5) Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

A guerra começou. Não seja um desertor.