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sexta-feira, 3 de junho de 2011

ENSINO DA MATEMÁTICA E AS NOVAS TECNOLOGIAS.



" O que está acontecendo não é apenas uma revolução tecnológica, mas sim, a vinda de uma civilização inteiramente nova no mais completo sentido desse termo". Alvin Toffler

2.1 Introdução.

A respeito do ensino da matemática é necessário entender o processo pelo qual está inserido. Matemática é uma atividade social como qualquer outra, ela é responsável pela tarefa de crescimento e desenvolvimento dos inúmeros problemas e soluções no nosso cotidiano. Abrange uma vasta área de cultura humana há cerca de 4 mil anos (Gehringer & London, 2000). Portanto, é importante não apenas como base da nossa história, mas também tem seu papel ampliado a cada dia que passa.

Matemática: palavra de origem grega que significa "aquilo que se pode aprender" (Gehringer e London, 2000). Não é fácil dar uma idéia do que vem a ser matemática, e nos dicionários as definições são bastante diversas, por exemplo, Fronteira (1986) afirma que a matemática é uma ciência que investiga relações entre identidades definidas abstrata e logicamente. Uma possibilidade é considerá-la como a ciência que estuda quantidades e formas. Pode-se acrescentar que ela é uma linguagem, isto é, uma maneira de representar e falar ou escrever sobre quantidades e formas. A matemática tem vários ramos ou divisões, sendo as principais: História e Filosofia, Álgebra, Teoria dos Números, Probabilidades, Séries, Cálculo Diferencial e Integral, Teoria das Funções, Geometria Analítica, Geometria Sintética, Mecânica, Física Matemática, Geodésia e Astronomia; sendo aproximada - mente 3.400 subcategorias. Portanto com o uso dos recursos tecnológicos navegar pelo universo matemático torna-se mais interessante e cativante.

2.2 A tecnologia na vida e na escola.

A incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. A simples presença de novas tecnologias na escola não é, por si só, garantia de maior qualidade na educação, pois a aparente modernidade pode mascarar um ensino tradicional baseado na recepção e memorização de informações.

Se entendermos a escola como um local de construção do conhecimento e de socialização do saber, como um ambiente de discussão, troca de experiências e de elaboração de uma nova sociedade, é fundamental que a utilização de recursos tecnológicos seja amplamente discutida e elaborada conjuntamente com a comunidade escolar, ou seja, que não fique restrita às decisões e recomendações de outros. Tanto no Brasil como em outros países, a maioria das experiências com o uso de tecnologias informacionais na escola estão apoiadas em uma concepção tradicional de ensino e aprendizagem. Esse fato deve alertar para a importância da reflexão sobre qual é a educação que queremos oferecer aos nossos alunos, para que a incorporação da tecnologia não seja apenas o "antigo" travestido de "moderno".

2.3 Potencialidades educacionais dos meios eletrônicos.

Algumas tecnologias informacionais, como livros, jornais e revistas, já fazem parte da escola há muito tempo. Mas para a grande maioria das escolas brasileiras os meios eletrônicos de comunicação e informação ainda constituem-se como "novidades", embora socialmente sejam instrumentos bastante conhecidos e utilizados (exceção feita ao computador, que nem toda a classe social ainda tem acesso).

Mesmo existindo experiências significativas no desenvolvimento de projetos com tecnologia educacional em vários estados brasileiros, a potencialidade desses recursos ainda não é reconhecida pela comunidade educacional de educadores. São muitos os fatores que contribuem para isso, entre os quais destacam:se pouco conhecimento e domínio, por parte dos professores, para utilizar os recursos tecnológicos na criação de ambientes de aprendizagem significativa; insuficiência de recursos financeiros para manutenção, atualização de equipamentos e para capacitação dos professores, e até ausência de equipamentos em muitas escola, e a falta de condições para utilização dos equipamentos disponíveis devido a precariedade das instalações em outras.

Essa é uma realidade que precisa mudar em curto espaço de tempo, em virtude da necessidade da escola acompanhar os processos de transformação da sociedade, atendendo às novas demandas. É premente que se instaure o debate, a implantação de políticas e estratégias para o desenvolvimento e disseminação de propostas de trabalho inovadoras utilizando os meios eletrônicos de informação e comunicação, já que eles possuem um enorme potencial educativo para complementar e aperfeiçoar o processo de ensino aprendizagem.

2.4 A calculadora.

A calculadora é um importante instrumento da vida cotidiana. Hoje em dia, as máquinas de calcular se tornaram tão populares que as encontramos em todos os lugares, nas mãos de crianças, jovens e adultos.

Todas as pessoas que tem um mínimo de contato com elas, conhecem os procedimentos básicos para realizar operações simples. No entanto, poucas sabem utilizar todas as potencialidades que a máquina oferece, por mais simples que sejam. Por exemplo, utilizar os recursos de memória e até mesmo operar com porcentagens. A escola pode possibilitar o desenvolvimento dessas habilidades básicas.

A calculadora pode ser utilizada também como instrumento de aprendizagem, ou seja, um recurso para potencializar a aprendizagem de conteúdos matemáticos, na medida em que favorece a busca e percepção de regularidades, o desenvolvimento de estratégias para resolução de situações-problemas (pois temporariamente permite pensar apenas nas operações sem preocupar-se com os cálculos), e o papel da revisão na matemática.

O uso de máquinas de calcular, na escola, deve ser mediado pelos professores. Os alunos devem ser orientados para utilizá-las em determinadas situações com a supervisão do professor. Por isso, não substitui o cálculo mental e escrito, já que eles estarão presentes em muitas outras situações.

A máquina de calcular foi criada para substituir o cálculo escrito, muitas vezes demorado, trabalhoso e passível de erro. Mas não substitui o cálculo mental, pois seu uso habitual implica uma série de operações mentais para realizar cálculos complexos.

2.5 A informática.

Para que seja possível desenvolver um trabalho usando a informática no processo educativo, devemos acreditar na sua importância para que a aprendizagem se torne clara e eficaz, principalmente se destacarmos o ensino da matemática usando o computador como ferramenta lúdica e favorável à aprendizagem do aluno.

Segundo Carraher (1992) o desenvolvimento dos conceitos matemáticos envolve símbolos e representações simbólicas que precisam ser estabelecidos através de atividades intelectuais durante longo período de tempo em diversas situações. O conhecimento de tal aprendizagem começará a ficar prazeroso e gratificante quando houver certa familiaridade com seus símbolos e representações, e for adquirida tornando assim possível lidar com tais conceitos no universo matemático. Porém, é necessário que os professores fiquem atentos a alguns softwares comerciais que se preocupam apenas em reproduzir métodos tradicionais de ensaio e erro, de representação ou instrução programada (Carraher, 1992, Valente, 1996). Ainda sobre o software de matemática, Carraher defende que tais softwares devem permitir que os alunos manipulem objetos na tela e a partir de reflexões elaborem hipóteses sobre o que está acontecendo. O software de matemática deve ter como base, teorias que lidam com o conhecimento matemático e trabalhem a mediação por parte do professor, pois não se pode esperar que conhecimentos formais sejam complementarmente reinventados pelos alunos (Carraher, 1992).

http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/a-importancia-da-utilizacao-dos-recursos-tecnologicos-no-ensino-das-ciencias-exatas-sob-a-otica-de-uma-evolucao-positiva-3916735.html

Um comentário:

Angela disse...

Olá prof. gostei muito do assunto fico muito agradecida, boa noite, de sua aluna da UVA.


Angela Queiroz.